Farmácia Caniço

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Os bebés nascem com um capital solar, ou seja, uma capacidade específica de adaptação ao sol. É muito importante preservar o capital solar, pois a pele da criança é ainda muito sensível, fina e permeável aos raios ultravioleta (UV). Irritações, alergia, desidratação e queimaduras solares são problemas comuns resultantes de uma exposição solar descuidada.

A exposição solar controlada é essencial, pois são os raios de sol que tornam a vitamina D activa no organismo que, por sua vez, promove a absorção digestiva do cálcio e a mineralização óssea. Dez minutos de sol nas mãos, braços e rosto da criança, 2 a 3 vezes por semana, sempre nas horas de maior segurança, são suficientes. 

Os cuidadores (pais e não só!) devem conhecer e respeitar as seguintes regras e cuidados: 

1. Não exponha a criança diretamente ao Sol se esta tiver menos de 12 meses. Prefira a sombra;

2. Durante o verão, evite a exposição solar entre as 11 e as 17 horas. Para passeios ao ar livre, escolha o início da manhã ou o final da tarde; 

3. Proteja a pele da criança nos dias nublados e ventosos, pois os raios UV atingem a pele sem que se aperceba de imediato;

4. Lembre-se que o reflexo do Sol no solo também atinge a pele (10% no mar, 20% na areia e 90% na neve);

5. Proteja a pele da criança mesmo que esta se mantenha debaixo de um guarda-sol, pois a sua pele é afetada por metade dos raios UV; 

6. A criança deve usar tecidos leves e de fibras naturais (algodão), um chapéu de aba larga, e óculos de sol infantis e seguros;

7. Ofereça regularmente água à criança devido ao risco de desidratação;

8. Use uma proteção solar adaptada à pele da criança, resistente à água e que garanta uma elevada proteção para os raios solares. Aplique numa camada espessa 30 minutos antes e depois do início da exposição solar, e de 2 em 2 horas. Não esqueça de proteger bem o nariz, as orelhas e a nuca. Os bebés com menos de 6 meses de idade não devem utilizar protetor solar;

9. Após a ida à água, seque a criança, volte a vesti-la com t-shirt, e aplique novamente o protetor solar nas zonas descobertas.

 

10. Uma vez que alguns medicamentos podem causar reações alérgicas ao Sol, leia o folheto informativo do medicamento ou consulte o médico ou farmacêutico.

1. Ofereça bastante água à criança (para bebés com menos de 6 meses, o leite materno é ideal);

2. Alivie o desconforto dos ombros e costas vermelhas com pasta d'água na zona ardida.

3. Alivie o incómodo da queimadura com uma fralda de pano ou gaze molhada em água fria, em que retira o excesso de água e aplica devagar na área atingida durante 10 a 15 minutos, algumas vezes por dia. Ou dê um banho de água morna para fria no bebé. 

4. Pode aliviar a comichão com hidratantes à base de água ou aloé vera, específicos para bebés. 

5. Não coloque produtos oleosos na pele da criança (por exemplo, vaselina, manteiga), porque podem agravar a queimadura. Evite produtos para queimaduras que contenham benzocaína, pois pode causar irritação ou reações alérgicas. 

6. Se surgem bolhas ou feridas causadas pelo excesso de Sol, não as rebente nem as cubra com curativos. Deve consultar um médico nas primeiras 24 horas após a queimadura. Queimaduras de grau 2 e 3, devem ser tratadas por um profissional que avalia os danos causados à pele, podendo vir a receitar medicação oral e avaliar se o curativo/penso é recomendado.

7. Se a queimadura é grave, a criança pode ter febre ou muita dor, podendo estar com insolação. Se a criança vomitar ou desmaiar, procure socorro imediatamente. 

Não coloque em risco o futuro da pele da criança, e proteja o seu sistema de defesa natural de potenciais danos graves. A infância é o melhor período de aprendizagem, por isso os hábitos que tiver na proteção da pele da sua família, serão os hábitos futuros do seu filho!