DEZEMBRO 2013
DORES DE GARGANTA
Dra. Ana Ramos – Farmacêutica
ana.ramos@farmaciadocanico.pt

O número de queixas de dor de garganta aumenta no Inverno. Com a diminuição da temperatura e a exposição a alterações bruscas da temperatura, a produção de muco, importante para a defesa da nossa faringe, está diminuída. A faringe é um canal anatómico por onde passa o ar, alimentos e outros agentes irritantes que contribuem para a inflamação da garganta. A garganta é constituída principalmente pela faringe, laringe e amígdalas.

Quando alguma destas áreas é inflamada, estamos perante uma faringite, laringite ou amigdalite. Nestes casos, sentimos dor de garganta, muitas vezes associada a outros sintomas:
Febre;
Dores no corpo e mal-estar geral;
Existência de pontos ou placas esbranquiçadas (associada normalmente a uma infecção bacteriana);
Irradiação da dor para o ouvido;
Dor ao deglutir;
Rouquidão e tosse seca (associada normalmente a uma laringite).

A nossa garganta apresenta mecanismos de defesa importantes no combate a infecções, tais como:
produção de muco essencial na hidratação e defesa da faringe; 
presença de amígdalas palatinas (massa de tecido linfóide) que permite o controlo de infeções. 

Quando há alguma falha nestes mecanismos de defesa devido a factores irritantes (fumo do tabaco, ambientes poluídos, álcool, ar frio e seco), podemos desenvolver uma inflamação da garganta. O facto de respirarmos pela boca e não pelo nariz, contribui também para a irritação, pois o ar não é humedecido nem aquecido.

A dor de garganta pode ter uma origem viral ou bacteriana. A inflamação de origem viral pode conferir uma sensação de secura, prurido e desconforto. Geralmente, não está associada a febre e evolui positivamente no espaço de uma semana. 

O principal objectivo passa por aliviar os sintomas e evitar possíveis complicações. A selecção de produtos que fortaleçam o sistema imunitário e a escolha de uma terapêutica sintomática: uso de um analgésico/antipirético (paracetamol) para controlar a dor e a febre, associando a anti-inflamatórios não-esteróides (ex.: Ibuprofeno) e antissépticos orais, como pastilhas, nebulizadores ou colutórios, para controlar a inflamação e inibir a proliferação de microorganismos, é uma boa opção para controlar a dor de garganta. Não devemos esquecer também a importância de uma boa hidratação, de uma dieta ligeira e de repouso. 

Numa infecção bacteriana, a garganta fica, repentinamente, muito vermelha e dolorosa. A febre alta, a dor de cabeça, nódulos linfáticos aumentados e com pontos ou placas brancas de pus são característicos das infecções por bactérias. Nestas situações, deve consultar o médico. 

Na maior parte dos casos, a dor de garganta é uma situação benigna. No entanto, se uma dor de garganta persistir mais do que uma semana, deve contactar o seu médico. 


 


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