AGOSTO 2013
FEIJãO-VERDE
Dr. Ricardo Oliveira – Nutricionista
nutricardo@gmail.com

Um legume muito apreciado nesta época do ano, por pequenos e graúdos que não ficam indiferentes aos famosos “peixinhos da horta”. Se ainda não conhece a receita, aconselho a procurá-la: talvez o rezingão lá de casa se veja tentado a experimentar esta forma apetitosa de comer legumes. 

Bom companheiro de pratos e sopas, não faz distinção entre carne ou peixe ou ovos, fica bem em qualquer situação desde que não o salgue em demasia. De preparação rápida, não necessita que o corte miudinho e, se possível, procure cozê-lo a vapor (evita a perda excessiva de vitaminas e minerais durante o cozimento). 

O feijão-verde não é mais do que a vagem onde se desenvolvem as sementes do feijoeiro. Este feijão imaturo, apesar da sua tenra idade, tem muito para oferecer. Contam-se entre os seus nutrimentos a vitamina A (carotenóides), vitamina C, ácido fólico, diversos minerais como o ferro, potássio, cálcio, sem esquecer a quantidade imprescindível de fibras. 

Como todos os restantes legumes, a sua composição em nutrimentos energéticos é baixa (6% em hidratos de carbono e aproximadamente 2% em proteínas), o que perfaz um total calórico de 33Kcal por 100g. Comparativamente ao futuro feijão seco (50% em hidratos de carbono e 20% em proteínas) que totaliza em média 300 Kcal por 100g, o feijão-verde está longe de ser um alimento calórico.

No seu conjunto, o feijão-verde tem efeitos benéficos na regulação do aparelho digestivo, em especial do trânsito intestinal. Outra das suas virtudes é o seu efeito diurético, com vantagens consideráveis para os casos de edema por insuficiência cardíaca ou mau funcionamento dos rins. 

O seu conteúdo em água, sais minerais e arginina (aminoácido) impede a retenção de líquidos, em especial durante o período pré-menstrual. Este efeito diurético pode ser utilizado nos casos de gota e de cálculos renais, uma vez que facilita a eliminação de ácido úrico. A presença destes sais minerais é essencial no controlo da hipertensão. Desta forma, evite salgar em demasia o feijão-verde ou perder parte do seu conteúdo em minerais durante o cozimento. 

Em relação às vitaminas, os carotenóides, que oferecem a cor ao feijão-verde, merecem a nossa atenção pela sua acção antioxidante. Os antioxidantes têm um papel importante no controlo dos níveis de radicais livres formados a partir do nosso metabolismo e de agentes externos como os poluentes atmosféricos, o fumo do tabaco, etc., e que provocam danos irreversíveis nas nossas células. O aumento de radicais livres formados no nosso organismo e a ingestão insuficiente de antioxidantes facilita o desenvolvimento de aterosclerose e cancro.


 


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