DEZEMBRO 2012
MOTIVAçãO DESPORTIVA
Dr. Ricardo Sardinha – Lic. Educação Física
ondarevital@galoresort.com

A motivação ligada à atividade física tem muito que se lhe diga, no entanto, tentaremos neste artigo não aprofundar concretamente o significado de motivação em si, mas sim encaminharmos para exemplos práticos, se possível, ligados ao mundo dos ginásios e que possibilitem perceber o que poderá afetar a motivação, que fatores poderão estar presentes e como os poderemos gerir. 

O conhecimento de como funciona a motivação no contexto desportivo é importante, não só para os psicólogos do desporto, mas também para os treinadores, instrutores, professores e pais, que têm de gerir diariamente este aspeto.

É necessário perceber que a motivação poderá cativar e incentivar, como também poderá distanciar as pessoas da prática da atividade física. É usual surgirem várias questões: "Porque é que existem alguns atletas mais persistentes do que outros?"; "Porque é que as pessoas dos ginásios abandonam a sua prática desportiva?"; "Porque selecionam uma atividade em detrimento de outras?"; 

Existem vários fatores que poderão ser aproveitados para desenvolver estudos, conseguindo analisar quais os fatores que mais influenciam a motivação para a prática da atividade desportiva. Estes podem ser fatores ligados à saúde, identificação, estética, etc.

Falemos de um exemplo concreto que poderá desmotivar, logo à partida, e originar falta confiança: se um indivíduo entende que a competência para a prática desportiva é algo que nasce, ou não, com ele, e que por muito que tente, não vai conseguir modificá-la significativamente, não estará, em princípio, tão disponível para se empenhar intensamente nos treinos, como um outro que acredite que a competência para a prática desportiva decorre fundamentalmente da forma como se aplica nesses mesmos treinos, sendo, por isso mesmo, passível de melhoria.

Sendo a motivação uma força geradora do comportamento humano, compreende-se então a importância do seu estudo.

A motivação é, sem dúvida, um fator preponderante para o sucesso, quer na prática desportiva, quer na vida em geral. O fator motivação está presente tanto para quem treina em casa, como para quem treina nos ginásios.

Se nos debruçarmos um pouco sobre os ginásios, poderemos verificar que os principiantes podem vir a sentir alguns progressos rapidamente… após algumas dores musculares, mas tudo é novo e fácil de “aguentar”.

No entanto, as estatísticas indicam que, no final do primeiro trimestre, dependendo da motivação que as pessoas tiverem, poderão existir alguns desistentes e aqueles que chegam a ficar um ano ou mais são considerados os verdadeiros desportistas.

Os ginásios acabaram por perceber perfeitamente este fenómeno, pelo que a maioria propõe subscrições anuais. Mas questiona-se: não há nada a fazer? Como podemos evitar esta situação?

Existem determinadas medidas que podemos e devemos ter em atenção, contudo o sucesso da manutenção do praticante dependerá do índice de desmotivação, em relação com as estratégias de cativação e motivação implementadas, dependendo de todo o trabalho que possa ser feito no âmbito da prescrição, acompanhamento, etc.

Um erro crasso e que devemos evitar a todo o custo, é deixar que os objetivos fixados sejam superiores às possibilidades da pessoa em causa. Nada é mais desmotivante do que o facto de não atingirmos as nossas expectativas. Devido a isso, devemos definir objetivos concretos, realistas e alcançáveis.

Poderemos falar dos imprevistos familiares, dos problemas profissionais, ou simplesmente sociais, que podem servir como pretexto para o decréscimo da prática da atividade desportiva. Um dos aspetos que todos deverão ter em atenção, é a ambição de definir como objetivo a prática de atividades desportivas várias horas por dia, quando na realidade os seus dias já estão sobrecarregados e não têm todo esse tempo disponível. 

Se tem medo de não aguentar sozinho, se frequenta um ginásio com um(a) amigo(a) pouco motivado(a), a resolução poderá cair por terra rapidamente.

Se o seu objetivo é muito ambicioso e demasiado difícil de atingir, falhará, sentirá vergonha perante quem o rodeia e perante si próprio. Tente controlar ao máximo a ambição e crie objetivos realizáveis, diminuindo assim o risco de não alcançar os objetivos delineados e, consequentemente, de perder a motivação para o exercício físico.

Enquadre-se para tratar de si próprio regularmente, de forma a que o tempo que tem para a prática seja um momento agradável e de lazer e não um momento de stress.


 


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