DEZEMBRO 2011
DESPORTO NA INFâNCIA
Dr. Ricardo Sardinha - Lic. Educação Física
ondarevital@galoresort.com

O desporto consegue exercer um poder de atracção muito grande nas mais diversas faixas etárias. No caso do público infantil, é importante aproveitar isso, devido aos resultados que poderemos obter junto das crianças que o praticam. Existem diversos meios e formas de envolver o público infantil na actividade/desporto, sendo um deles a realização de jogos interactivos de complexidade reduzida. Tratando-se de crianças com idades reduzidas,  as actividades deverão ser apresentadas de forma divertida, com o intuito da criança sentir prazer no que faz.

O desporto poderá “ensiná-las” a melhorar as suas capacidades físicas e ajudá-las a “crescer”. A prática do desporto ajuda a criança a conviver e a conhecer outras pessoas e culturas, outros hábitos, meios, e a desenvolver disciplina, por exemplo.

Um número cada vez maior de pais tem vindo a recorrer à prática de exercício como forma de procurar incutir um bem-estar físico e psicológico nos seus filhos, em face das novas exigências e pressões colocadas pela sociedade moderna.

Este fenómeno pode ser observado quase diariamente nos espaços/clubes desportivos que desenvolvem actividades para crianças. Aqueles que não têm possibilidade de colocar os seus filhos nestes espaços, por falta de tempo ou por indisponibilidade financeira, muitas vezes recorrem aos espaços verdes, tais como parques de diversões, onde os praticantes aproveitam o pouco tempo livre para brincar com a sua criança.

Aconselho vivamente a que todos os que tenham possibilidade associem os seus filhos à prática do desporto, seja em termos lúdicos particulares com os próprios familiares, seja em termos de desporto escolar, desportos federados, através das diversas actividades que outros espaços privados, como os ginásios, oferecem, incluindo aulas de natação, ballet, danças modernas, ou outros.

Infelizmente, hoje em dia ainda nos deparamos com um grave problema a nível de clubes, dado existirem instituições/clubes desportivos que privilegiam a prática do desporto sénior em detrimento do desporto infantil, canalizando praticamente todas as condições, logísticas e financeiras, para o escalão sénior. Este tipo de situação é indesejável e relembro que sem o investimento no público infantil, não se formam futuros atletas para as suas equipas seniores.

Se o ritmo acelerado dos tempos modernos influencia os adultos, não menos afecta o dia-a-dia das nossas crianças e jovens que, divididas entre a escola, amigos e família, podem ter no desporto uma dimensão importante do seu crescimento.

Como já sabemos, ao nível do desenvolvimento humano, a qualidade das relações estabelecidas com quem está mais próximo durante os primeiros anos de vida marca as raízes do relacionamento connosco próprios e com os outros.

Hoje em dia, sabemos que as insuficiências afectivas, construídas na infância e adolescência, conduzem a uma personalidade vulnerável e frágil, pois ao interiorizar modelos de relação distorcidos, a criança e o jovem poderão repeti-los em padrões de personalidade e comportamento futuros.

Através da prática desportiva, o jovem tem a oportunidade de aprender a cooperar e a competir saudavelmente, incrementando a sua capacidade de respeitar os outros e adquirir um comportamento moral e ético.

Para além dos benefícios ao nível do desenvolvimento social, numa perspectiva mais pessoal, as crianças aprendem coisas novas, experimentam uma harmonia entre corpo e emoção, contribuindo para uma auto-imagem e auto-estima positivas.

Como é possível verificar, fora os benefícios directos na saúde (por exemplo, na prevenção de doenças) o desporto apresenta um conjunto de benefícios emocionais, relacionais e de identificação na sociedade.

O desporto, como elemento do desenvolvimento, é um instrumento benéfico para a moldagem da personalidade de futuros adultos.


 


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