Mário Reis Com 86 anos, Mário Reis frequenta com muita regularidade o ginásio.
Depois que a vista deu as primeiras notas de falhas teve de deixar a
pintura e escultura. Do alto dos seus 86 anos, Mário Reis aparece-nos com um sorriso largo, uma boa disposição diária, agradável, bem-humorado e
enérgico. Tão enérgico que se torna difícil
acreditar que nasceu em 1937. Ainda antes
da II Guerra Mundial – para ser ter uma ideia
do tempo que esse acontecimento negro da
humanidade já aconteceu.
Há por isso, para este madeirense de gema
pureza nas palavras e uma ternura de quem
tem levado uma vida completa. Mário Reis
passou largos anos em Moçambique e anos
mais tarde na Venezuela, antes de se dedicar
à área da contabilidade e ensino na região.
Mário Reis é agradável e não rejeita a uma
boa conversa, sempre com a mulher, que já
chegou aos seus 80 aninhos.
É um casal que se apoia e que caminha
junto na estrada da vida, há muitas décadas.
Deste amor nasceram três filhas – e agora
alguns netos - e uma vida cheia. “Há alguns
anos íamos buscar os netos à escola. Sentíamos ânimo por estar com eles. Era uma alegria muito grande”, aponta, sublinhado que
é uma alegria que ainda se mantém. “Hoje
em dia, estão grandes e já trabalham, mas
ainda nos encontrarmos com muita frequência. É motivo de muita alegria e orgulho”.
Questionado sobre o segredo para tal
longevidade, Mário Reis não tem dúvidas.
“O ginásio é uma parte muito importante
de tudo isto. Sinto-me bem, sinto que tenho energia sempre que venho ao ginásio.
É obrigatório”, começa a apontar. Frequenta
o Innovation Fitness Club.
Aliado à questão da presença constante da família, as idas ao ginásio tornaram-
-se uma rotina. É um hábito que tem dez
anos. O ginásio é visto com uma decisão
que ofereceu a Mário Reis e à sua mulher
mais saúde. A decisão foi tomada há uma
década, por vontade própria, sem indicação
médica. “Comecei a vir há dez anos. Por
vontade própria quis manter-me em forma.
Só fazia natação e andava um pouco”. Este
é um exercício que até o anima. “Quando
não posso vir ao ginásio me exercitar, sinto que fico um pouco triste. Isto faz-me
bem”, salienta.
Está fácil de ver, que Mário Reis levou
uma vida cheia. Apesar de estar umbilicalmente ligado à área da contabilidade,
economia, cálculo financeiro, onde foi
professor e formador, soube desenvolver
e manter, de forma bastante ativa, o gosto
pela área das artes.
Só quando a vista lhe começou a falhar é
que Mário Reis deixou as duas duas artes
da pintura e da escultura. “Entretanto a
vista pregou-me uma partida e deixei de
pintura e fazer escultura”. Ainda assim,
tem muito orgulho num quadro que fez de
várias mulheres da sua família. Há também
quem diga que é um grande carpinteiro. |