Dra. Helena Oliveira Farmacêutica Substituta na Farmácia do Caniço helena.oliveira@farmaciadocanico.pt A psicoterapia,
a participação
em grupos de
apoio, a apoio
de familiares
e amigos, o
exercício físico,
a espiritualidade
e a participação
em atividades
não associadas
ao consumo
podem ser boas
ferramentas para
ajudar a manter a
sobriedade. O alcoolismo é uma patologia crónica e recidivante, cujo tratamento
requer uma abordagem multidisciplinar e o empenho do doente.
O processo pode iniciar-se com
um plano de desintoxicação, em
internamento ou em ambulatório,
dependendo da gravidade da situação e da rede de suporte disponível. Nesta fase, o doente poderá
ser apoiado para lidar com os sintomas da síndrome de abstinência.
No entanto, a luta contra a dependência não é uma corrida de
velocidade, mas sim uma maratona
para toda a vida. Assim, o acompanhamento psicológico e a alteração
de estilo de vida são fundamentais
para o processo. A psicoterapia, a
participação em grupos de apoio,
a apoio de familiares e amigos, o
exercício físico, a espiritualidade e
a participação em atividades não
associadas ao consumo podem
ser boas ferramentas para ajudar
a manter a sobriedade.
Alguns fármacos podem aumentar a eficácia das intervenções psicosociais, sendo os mais utilizados
o acamprosato, o dissulfiram e a
naltrexona. O acamprosato é o tratamento de primeira linha para manutenção da abstinência. O dissulfiram é um fármaco aversivo: provoca
uma reação fisiologia desagradável ao álcool. Os doentes a tomar dissulfiram devem evitar não
apenas as bebidas alcoólicas, mas
todas as fontes de álcool, como
perfumes ou aftershaves. A naltrexona é o tratamento de primeira
linha na redução da ingestão.
Outro aspeto importante do tratamento será o tratamento das
consequências da ingestão prolongada e/ou elevada de álcool, que
podem ir desde a cirrose à perda
de relações sociais.
Dada a interação entre álcool
e medicamentos e a forma como as consequências físicas do
alcoolismo podem alterar a sua
metabolização, é importante que
o profissional de saúde tenha conhecimento do consumo de álcool
(presente ou passado) do doente,
mesmo no decurso do tratamento
de patologias não relacionadas.
Concluindo, se o seu consumo
de álcool pode estar a prejudicar
a sua saúde ou os que o rodeiam,
não hesite em procurar ajuda de
um profissional de saúde. |