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A disfunção erétil (DE) é a incapacidade de obter ou manter uma ereção peniana para poder ter relações sexuais. Em Portugal, até 50% dos homens entre os 40 e os 70 anos apresentam algum grau de DE, todavia uma incapacidade ocasional não significa que o homem tenha DE. Ao ser encarada como um tabu, a DE, torna-se um problema de saúde subdiagnosticado e não é, muitas vezes, analisado/tratado convenientemente, originando uma diminuição da qualidade de vida do doente e da sua parceira. Para atingir uma ereção, o pénis precisa de uma quantidade adequada de sangue, sendo as principais causas de DE: anomalias dos vasos sanguíneos ou nervos do pénis, alterações estruturais do pénis, distúrbios hormonais (como o baixo nível de testosterona), uso de certos medicamentos (antidepressivos e hipotensores) e problemas psicológicos como a ansiedade e a depressão. Por outro lado, são fatores de risco: o envelhecimento, a obesidade, a diabetes, a dislipidemia, a hipertensão arterial, o tabagismo, a doença cardiovascular e o sedentarismo. No diagnóstico da DE, além dos exames laboratoriais, é necessário o conhecimento completo do historial psicossexual do doente, podendo esta ser uma manifestação inicial de doença coronária e doença vascular periférica. É fundamental a adoção de estilos de vida que promovam a prática do exercício físico, perda de peso, a suspensão tabágica, o controlo das patologias existentes, assim como se torna importante, envolver a parceira na abordagem terapêutica. Existem várias opções terapêuticas disponíveis e eficazes, estando na primeira linha os fármacos de administração oral, os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5i). Estes relaxam o músculo liso dos vasos do pénis para aumentar o fluxo sanguíneo sendo necessária a estimulação sexual para obter a ereção. O mais antigo PDE5i é o Sildenafil, mais conhecido pelo nome comercial Viagra®. Todos os PDE5i apresentam efeitos secundários como dores de cabeça e vermelhidão e são totalmente contraindicados nos casos de doentes medicados com nitratos ou bloqueadores alfa. É pertinente alertar que, devido ao êxito dos PDE5i, existem muitos comprimidos falsificados que podem prejudicar a saúde de quem os utiliza. Nas segundas e terceiras linhas terapêuticas encontram-se métodos mais invasivos e menos cómodos, como as injeções penianas de fármaco vasodilatador. Fale com o seu médico ou prestador de cuidados de saúde, mesmo não correndo a cura definitiva é possível tratar eficazmente a DE.