Farmácia Caniço

NOTA: O combate à expansão do mosquito Aedes aegypti depende de todos os cidadãos que vivem permanente ou temporariamente na ilha da Madeira, pelo que não se esqueça de fazer a sua parte. Para mais informações pode consultar o website https://www.iasaude.pt/Mosquito/. Desde 2005 que a ilha da Madeira é populada pelo mosquito Aedes aegypti, que é considerada uma espécie invasora. Este mosquito distingue-se dos restantes por apresentar listras brancas nas suas patas e corpo, e por não fazer qualquer som antes de picar. A existência deste mosquito tem levantado algumas preocupações no âmbito da Saúde Pública, uma vez que ele pode transmitir várias doenças infeciosas, como a Dengue, a Febre Amarela, a Zika e a Chikungunya. Estas doenças não existem atualmente na ilha da Madeira, sendo que todos os casos diagnosticados são casos importados de outros países onde estas doenças são endémicas. O mosquito Aedes aegypti pode ser fêmea e macho, no entanto apenas a fêmea é capaz de picar os humanos e de lhes transmitir doenças. Após realizar a sua refeição sanguínea, a fêmea deposita os seus ovos em criadouros, que usualmente são locais escuros, à sombra e próximos de água estagnada. Quando os ovos se encontram imersos em água e a uma temperatura adequada, eles eclodem, libertando as larvas que darão origem aos mosquitos adultos em aproximadamente 7 dias. Uma característica importante do mosquito Aedes aegypti é que geralmente não sobrevive em ambientes frios durante o inverno, nem mesmo na sua forma de ovo. No entanto, o facto de a ilha da Madeira apresentar um clima ameno, mesmo durante o inverno, permitiu a sua sobrevivência e que se estabelecesse até ao presente. 

Prevenção da picada do mosquito 

Uma das medidas mais efetivas para prevenir a picada do mosquito é a utilização do repelente corporal. Existem vários tipos de repelentes com diferentes princípios ativos, pelo que poderá questionar o seu médico ou farmacêutico sobre a sua utilização. É importante saber que o Aedes aegypti pica sobretudo durante o dia, sendo os seus picos de atividade no início da manhã e nas horas antes do anoitecer, pelo que é nestas alturas do dia que deve estar mais atento à atividade do mosquito. Pica preferencialmente os membros inferiores, pernas e tornozelos da população exposta. 

De forma a sobreviver durante mais tempo, o Aedes aegypti gosta de se esconder no interior das nossas habitações, particularmente em locais sombrios ou onde não possa ser encontrado facilmente. Assim, é importante impedir que ele entre, utilizando para isso redes mosquiteiras nas portas e janelas, o que impedirá a passagem do mosquito e permitirá a normal circulação do ar no interior da casa. A malha da rede mosquiteira não deverá exceder os 1.2mm x 1.2mm e poderá ser impregnada com inseticida ou repelente. 

A melhor forma de diminuir o número de mosquitos na ilha da Madeira prende-se com a eliminação dos criadouros domésticos e existentes nas zonas envolventes. Assim, algumas medidas podem ser tomadas para os eliminar como: 1) retirar os pratos dos vasos ou outros recipientes que acumulem água; 2) tapar os taques e depósitos de água; 3) tratar a água das piscinas com cloro; 4) manter as caleiras limpas e desentupidas; 5) armazenar o lixo em local fechado; 6) mudar a água das taças dos animais todos os dias; e 6) não guardar pneus em locais no exterior. 

Uma vez que o Aedes aegypti transmite diversas doenças, é importante preparar a nossa viagem para zonas onde estas doenças existem. Assim, recomenda-se que faça a consulta do viajante antes de ir em viagem, de forma a tomar conhecimento destas doenças e de como as prevenir, realizando vacinação se esta lhe for recomendada. Nos dias seguintes ao regresso da sua viagem, deve manter-se atento e contactar os serviços de saúde para saber como proceder no caso de desenvolver algum sintoma. Pretende-se, com isto, prevenir que o Aedes aegypti da ilha da Madeira fique infetado. 

Monitorização do mosquito 

Foi montado, ao nível do arquipélago da Madeira, uma rede de vigilância de mosquitos que tem por base a monitorização de armadilhas de ovos e de mosquitos adultos. Estas armadilhas encontram-se dispersas por todos os concelhos. A deteção de ovos ou mosquitos adultos nestas armadilhas permite, aos profissionais da área da Saúde Pública, perceber em que concelhos é que o Aedes aegypti está presente e quais os concelhos mais infestados. Em locais de maior atividade, técnicos de saúde ambiental realizam uma abordagem porta-a-porta, de forma a identificar possíveis criadouros e a efetuar ações de literacia. Pode colaborar reportando o avistamento do mosquito.

NOTA: O combate à expansão do mosquito Aedes aegypti depende de todos os cidadãos que vivem permanente ou temporariamente na ilha da Madeira, pelo que não se esqueça de fazer a sua parte. Para mais informações pode consultar o website https://www.iasaude.pt/Mosquito/.