Dra. Cláudia Pereira Farmácia Nacional claudia.pereira@farmacianacional.pt E como quem anda à chuva molha-se, a melhor forma de os combater
é se proteger deles, porque, acredite, a comichão é o de menos. Quem nunca?!
Caro leitor, os mosquitos chegam de mansinho, sorrateiramente, mas em instantes, aquela sensação que temos de querer arrancar
a pele denuncia-os.
E como quem anda à chuva molha-se, a melhor forma de os combater é se proteger deles, porque,
acredite, a comichão é o de menos.
Muito se tem discutido se não
serão estes os próximos vetores
de uma pandemia, isto porque as
alterações climáticas (aquecimento
e humidade propícias), a juntar à
circulação humana pelo mundo fora, têm levado a uma disseminação
estonteante das espécies de insetos, nomeadamente as responsáveis por doenças como a Dengue,
Zika, Lyme, Febre amarela, Chicungunha. E o mais irónico é que, parte destas doenças que provêm de
países como a America e África,
chegaram pelos Europeus, pelas
descobertas do chamado “Novo
Mundo” de Colombo e de colonos,
ao transportarem parasitas que se
transmitiram aos mosquitos locais
e provocaram epidemias como a
febre amarela.
Se pensarmos na guerra do Vietname, estudos revelam que morreram mais soldados por picadas
de mosquitos do que propriamente
da guerra.
Portanto, a situação é preocupante e não é de agora. Há que
adotar medidas, quer viajemos
quer estejamos perante um cenário de presença declarada destes
insetos, tomando consciência que
certos ambientes são propícios ao
seu desenvolvimento e a prática de
atividades como campismo, montanha e tantas outras ao ar livre,
tornam-nos presas fáceis.
Naquela luz que nunca se apaga para si, a sua farmácia, pode
encontrar resposta para todas as
suas dúvidas, quer ao nível da vacinação existente contra algumas
destas doenças, medicamentos necessários (no caso de algumas viagens), riscos para a saúde ou até
mesmo em situações do dia-a-dia
pois, mesmo no nosso jardim podemos ser picados.
Nas regiões onde há maior risco
de doenças por picada de inseto,
como Malária e Dengue, há um
conjunto de medidas preventivas,
tais como a utilização de repelentes certificados pela sua eficácia.
Os principais contêm:
• Icaridina
• DEET
• Citronella
• IR3535
O repelente não mata os insetos, apenas mantêm-nos longe das
áreas protegidas com repelente.
Os repelentes aprovados são
seguros e efetivos e a sua utilização deve ser apropriada à
idade, estado da pele e deverá
cobrir apenas as zonas expostas
sendo que o restante dever-se-á
cobrir com vestuário adequado
(manga e calças longas), tratado
preferencialmente com Permetrina, um inseticida que garante
proteção, mesmo após muitas
lavagens. Como utilizar o repelente: • Reaplicar regularmente, principalmente se estivermos na presença de mosquitos na pele ou nas roupas; • Reaplicar após nadar, tomar banho ou excesso de transpiração; • Aplicar com cuidado na face e na região peri ocular; • Não inalar o repelente (em caso de sprays repelentes pulverizar
nas mãos e espalhar na face evitando os olhos); • Aplicar o protetor solar antes do repelente e com um intervalo
entre ambos; • Os repelentes têm diferentes concentrações. Quanto maior a
concentração maior o intervalo de tempo que garante de proteção contra picadas • Verificar sempre as instruções da embalagem ou as recomendações do seu farmacêutico, quanto aos intervalos para reaplicar
um determinado repelente. Em casa: • Redes mosquiteiras em portas, janelas e sobre a cama; • Ar condicionado se possível; • Remover águas paradas (vasos, piscinas, águas de pássaros,
contentores de lixo); • Manter janelas e portas fechada; Caro leitor, enquanto leu este artigo é provável que alguns mosquitos o acompanhem entre as páginas do JM, outros se calhar já o
picaram… evite coçar, coloque um creme anti-histamínico evitando assim lesar a pele. Releia o artigo e siga as nossas instruções!
Em caso de dúvida sabe sempre onde nos encontrar! |