Dr. Bruno Olim Diretor Técnico da Farmácia Nacional bruno.olim@farmacianacionalfx.pt “A Contraceção de Emergência (CE) é a última oportunidade
para evitar uma gravidez não planeada após uma relação sexual
desprotegida, não devidamente protegida ou em situação de crime
contra a autodeterminação sexual em mulher não utilizadora de
método contracetivo”. A Saúde Sexual e Reprodutiva, implica
um empoderamento do cidadão, por forma a possibilitar uma vida sexual ativa e
segura, possibilitando a cada individuo
conservar a independência e como tal,
poder de decisão sobre o momento de
ter filhos.
O acesso à Saúde Sexual e Reprodutiva,
é um direito fundamental contemplado
em texto de lei.
Daqui decorre que o acesso à contraceção de emergência deverá ser observado como um direito, mas que não se
esvazia numa troca comercial, mas sim o
momento de dispensa deverá ser observado como uma oportunidade de capacitação do cidadão para a melhor gestão
da sua saúde sexual e reprodutiva, com
“A Contraceção de Emergência (CE) é a última oportunidade
para evitar uma gravidez não planeada após uma relação sexual
desprotegida, não devidamente protegida ou em situação de crime
contra a autodeterminação sexual em mulher não utilizadora de
método contracetivo”.
validação da dispensa e disponibilização
de informação válida e baseada na mais
recente evidência científica, este facto
coloca o Farmacêutico numa posição ímpar no que à contraceção de emergência
diz respeito, pela sua disponibilidade e
competência.
Um erro comum, é atribuir à Contraceção de Emergência a designação de pilula
do dia seguinte, pois como veremos, o
tempo é um fator decisório para a efetividade da mesma, pois a Contraceção
de Emergência reduz o risco de gravidez,
através do bloqueio temporário da ovulação, não sendo um método totalmente
eficaz, logo quando mais precocemente
for tomado, maior será a efetividade do
método. [vide tabela] CONTRACEÇÃO
DE EMERGÊNCIA
“A Contraceção de Emergência (CE) é
a última oportunidade para evitar uma
gravidez não planeada após uma relação
sexual desprotegida, não devidamente
protegida ou em situação de crime contra
a autodeterminação sexual em mulher
não utilizadora de método contracetivo”. Existem 3 formas de Contraceção de
Emergência em Portugal: - Farmácia Comunitária:
AUP -Acetato de Ulipristal -30mg - LNG - Levonogestrel -1,5mg (também
pode ser adquirido em Locais de Venda
de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica) - Unidades de Saúde assistencial
DIU de cobre MITOS A Contraceção de Emergência não é abortiva, nem provoca malformações fetais. Durante
o período de hemorragia de privação da toma
da pilula normal não existe a necessidade de
toma de CE, por não existir risco de gravidez. PRECAUÇÕES Após a toma da CE a mulher pode engravidar
em qualquer altura, caso não utilize nenhum
método contracetivo. A CE apenas previne
uma gravidez decorrente das relações sexuais
que motivaram a toma ou de relações sexuais
ocorridas até 72-120 horas antes da toma e
nunca nos casos em que estas ocorrem subsequentemente.
Sempre que há necessidade de utilização
de contraceção de Emergência, a mulher
está em risco de ter contraído uma infeção
sexualmente transmissível |