SETEMBRO 2019
A ALIMENTAçãO DOS MEUS FILHOS... EM CASA, NA ESCOLA...
Dr. Bruno Sousa
Nutricionista
www.brunosousanutricionista.com

Todos nós sabemos da importância de uma alimentação saudável, mas quando falamos de crianças, ainda se torna mais relevante pois, para além de potenciar o seu crescimento e desenvolvimento, promove-se a saúde, evita-se a doença, e estamos a estabelecer hábitos alimentares saudáveis para a vida.  
Temos de ter presente que as crianças não estão dotadas de uma capacidade inata para escolher os alimentos em função do seu valor nutritivo. Os hábitos alimentares são aprendidos através da experiência, da observação e da educação.
As experiências de vinculação na infância e a educação que se recebe nos primeiros anos de vida até à adolescência são determinantes na adopção de atitudes e de comportamentos relacionados com a saúde.
Nesta faixa etária, são particularmente importantes as estratégias que incluam a exposição à comida num contexto social positivo, tendo como modelos de referência pares e adultos, bem como a utilização apropriada de incentivos.
Por outro lado, reduzir as dificuldades ou barreiras de acesso a escolhas alimentares desejáveis é primordial. Por exemplo, quanto maiores forem as barreiras percepcionadas, menor é o consumo de frutos e vegetais.
A mudança de comportamento alimentar, deve centrar-se na criança, mas deve envolver inevitavelmente a família e a escola. 
Assim, é crucial investir nesta fase e ter determinadas atitudes que potenciem escolhas saudáveis. Para começar é essencial que as famílias optem por adquirir os alimentos saudáveis. É ainda necessário que os pais pratiquem uma boa alimentação, pois “criança vê, criança faz”.
A falta de tempo não deve ser desculpa para cair no facilitismo e ceder a alimentos embalados ricos em gordura e açúcar, que tanto podem prejudicar as crianças.
Não se deve permitir que as crianças saiam de casa sem tomar o pequeno-almoço. Esta primeira refeição do dia é fundamental, não só para atenuar o período de jejum noturno mas também para disponibilizar a energia necessária para as primeiras horas do dia.
A eliminação do pequeno-almoço pode provocar alterações metabólicas a nível cerebral, resultante de um prolongado jejum, pode diminuir a capacidade de atenção, concentração e de raciocínio lógico, enfim, causar dificuldades em pensar, compreender e aprender. Para além disso, pode acarretar défices nutricionais, que se refletem no crescimento e desenvolvimento das crianças, e provocar alguma irritabilidade e até alterações de humor. 
Por outro lado, a toma diária do pequeno-almoço, possibilita um melhor estado nutricional, propicia melhores resultados cognitivos e combate o excesso de peso e a obesidade.
É assim fundamental criar este hábito matinal e reservar um tempinho para fazer esta importante refeição. Nem que tenha de programar o despertador para uns minutos mais cedo.
É também indispensável criar pratos atrativos, conjugando cores, sabores, diferentes texturas e consistências, pois “os olhos também comem”. Para além desta boa combinação de alimentos é essencial diversificar, e pode-se ainda envolver as crianças na preparação dos alimentos – um bom incentivo!    

E se o seu filho diz que não gosta de um determinado alimento? É importante reforçar que muitas vezes não será numa primeira tentativa que conseguiremos fazer com que uma criança goste de um alimento. Por vezes, é necessário oferecê-lo 15 vezes, por isso, não desista!
O contexto escolar assume também um papel muito importante, complementando a intervenção familiar. É um local privilegiado para a educação para a saúde e representa o principal contexto social onde hábitos e estilos de vida são adquiridos. Neste sentido, devem ser desenvolvidas estratégias de âmbito escolar que possibilitem e que promovam os bons hábitos alimentares. 
Enfim, é determinante investir na alimentação do seu filho! Assim, está a investir na saúde dele e no seu futuro.


 


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