JULHO 2009
IASAúDE PREPARA NOVOS PROJECTOS DE COMBATE AOS MOSQUITOS

O Instituto Regional de Administração da Saúde e Assuntos Sociais (IASaúde-IP RAM) está a preparar um conjunto de medidas destinadas a ampliar o combate ao mosquito “aedes aegypti”, um potencial vector de doenças como o dengue, de acordo com a vice-presidente do instituto, Ana Clara Silva.

“Estamos neste momento a finalizar uma série de projectos relacionados com esta situação. Vamos ter um projecto em que vamos colaborar com Canárias para o estudo bio-ecológico do mosquito e vamos também efectuar um estudo entomológico e do potencial agressivo dos mosquitos. Estamos neste momento em fase de planeamento e de acerto de detalhes”, sublinha a responsável do IASaúde em declarações à Newsletter da Farmácia do Caniço.

As autoridades de saúde planeiam também fazer um teste de sensibilidade aos insecticidas para avaliar o grau de efectividade dos químicos actualmente em utilização no combate aos mosquitos. Como parte dos novos projectos em fase adiantada de preparação, está também previsto o intensificar das acções de comunicação junto da população.

“A educação da população é fundamental”, diz Ana Clara Silva, acrescentando que “vamos ter uma campanha intensiva de comunicação e de educação para a saúde como parte deste projecto”.

A presença do mosquito foi detectada pela primeira vez em 2005 na zona de Santa Luzia, no Funchal. Desde essa data, a população de mosquitos tem vindo a aumentar e a expandir-se para outras zonas do Funchal e concelhos limítrofes.

A transmissão de doenças ocorre a partir da presença de mosquitos e de pessoas infectadas numa determinada área geográfica. Depois de alimentar-se do sangue de uma pessoa infectada o mosquito está apto a transmitir a doença. No entanto, é de salientar que as infecções causadas por vírus e transmitidas através de picada de mosquito não se transmitem de pessoa a pessoa.

As autoridades de saúde sublinham que, até ao momento, não ocorreram quaisquer casos de dengue na Região pelo que é importante que a população mantenha a calma, mas ao mesmo tempo alertam para a necessidade de tomar precauções e de controlar a população de mosquitos, o que só é possível com a colaboração dos indivíduos.

“Temos feito muita informação e já vamos tendo mais sensibilidade por parte do público. Tenho a sensação que há melhor informação e uma maior consciência social no sentido de eliminar as fontes de água onde se podem propagar os mosquitos”, afirma Ana Clara Silva.

Medidas de prevenção

Como medidas de prevenção pessoal, as autoridades de saúde recomendam o uso de redes mosquiteiras e de redes de protecção nas janelas das casas, o uso de camisas de manga larga e de calças compridas ou o uso de repelentes apropriados, se necessário depois de aconselhamento médico para evitar efeitos secundários.

Relativamente às medidas de protecção ambiental, é necessário acima de tudo eliminar as fontes de água estagnada que podem provocar a proliferação de mosquitos. É também recomendado às pessoas que:

  • Coloquem no lixo latas, garrafas, potes e outros objectos que possam acumular água, ao invés de deixá-los em quintais ou jogá-los em terrenos baldios. Qualquer outro objecto, (cascas de ovo, embalagens plásticas ou descartáveis), por menor que seja e que possa acumular água, deve ser colocado em saco plástico e este, fechado e colocado no lixo.
  • Mantenham os pneus fora de uso secos e em local coberto, protegidos de chuva.
  • Tratem as piscinas com cloro, devendo as mesmas ser limpas uma vez por semana. Se não forem usadas, devem ser mantidas vazias ou cobertas.
  • Mantenham bem fechados, poços, cisternas e outros depósitos de água para consumo, vedando com tela fina aqueles que não têm tampa própria.
  • Mantenham limpos lagos e cascatas decorativos. A criação de peixes é aconselhada, pois estes podem comer as larvas de mosquitos.
  • Lavem os bebedouros dos animais e mudem a água uma vez por semana. Como opção, poderão manter a água tratada com cloro (utilizando lixívia, uma colher de chá por um litro de água).
  • Deixem a tampa das sanitas sempre fechadas. Em caso de pouco usadas, deverá ser feita uma descarga uma vez por semana.
  • Não cultivem plantas em jarros com água, colocando areia nos pratos dos vasos.

Intensificar da actividade previsto para final do Verão

“Este ano, a actividade dos mosquitos poderá começar mais tarde, devido ao prolongamento do Inverno e às baixas temperaturas que se verificaram”, afirma Ana Clara Silva.

De acordo com a responsável do IASaúde, a actividade dos mosquitos é monitorizada através da colocação de armadilhas e do registo de queixas das pessoas. No ano passado, já haviam sido registadas muitas queixas por volta dos meses de Março e Abril, o que não se verificou ainda este ano.

No entanto, o pico de actividade dos mosquitos ainda deverá estar para vir, uma vez que esta “agudiza-se nos princípios do Outono, devido ao aquecimento das temperaturas que ocorre nos meses de Verão, conjugado com o começo das chuvas outonais”.

As pessoas interessadas em obter mais informações relativamente aos mosquitos “aedes aegypti” poderão consultar o site do IASaúde dedicado ao tema, disponível em http://iasaude.sras.gov-madeira.pt/mosquitos/.


 


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