JUNHO 2016
A TERAPIA DA FALA E AS CRIANçAS
Dra. Miliza Mendes
Terapeuta da Fala 
milizamendes@gmail.com

O Terapeuta da Fala é o profissional responsável pela prevenção, avaliação e intervenção das perturbações da comunicação, da linguagem, da fala, da motricidade oro-facial, da voz, e da leitura e escrita, intervindo assim, de um modo geral, ao nível da expressão e da compreensão (oral e escrita), da comunicação não-verbal, e das competências para a alimentação. Com isto, é possível observar a abrangência da Terapia da fala, como uma área que engloba toda a população desde o recém-nascido ao idoso.
No caso das crianças, é cada vez mais comum ouvir-se falar em Terapia da Fala. Atualmente a sociedade em geral encontra-se mais sensibilizada para esta temática. Anteriormente a maioria das crianças chegava à terapia da fala por indicação de técnicos que trabalhavam diretamente com estas, muitas vezes os pediatras, as educadoras e as professoras. No momento atual, os pais encontram-se mais despertos para esta questão, sendo os próprios a avançar com o processo da procura pela consulta médica e pela avaliação em terapia da fala, por acharem que algo “não está bem”. Os familiares e amigos mais próximos acabam por sugerir também esta procura, identificando rapidamente a terapia da fala como a intervenção mais correta e apropriada para as características que a criança apresenta. Esta sociedade mais desperta que se tem criado, e a evolução da medicina, têm contribuindo para que muitas crianças, com ou sem diagnóstico médico significativo, cheguem cada vez mais cedo à terapia da fala, o que na intervenção é fundamental para o alcançar dos objetivos traçados pelo terapeuta em parceria com a família e os pares mais próximos da criança, como a escola. É importante salientar que no decorrer do desenvolvimento da criança o tempo é um dos fatores cruciais para a obtenção de melhores resultados.
Durante as fases de desenvolvimento, há várias questões que podem surgir, e que estão diretamente ligadas à Terapia da Fala. Logo ao nascer, a prematuridade, e fatores relacionados com a alimentação nos primeiros meses são sinais de alerta para uma possível intervenção. Nos primeiros anos de vida, a falta de compreensão de tarefas simples, ou o “atraso” na verbalização das palavras também são indicadores de avaliação. Ao longo destes primeiros anos pode ainda surgir a dificuldade na prenuncia de alguns sons na palavra, a gaguez e as dificuldades na construção do discurso e na adequação deste a diferentes contextos. Novas complicações podem surgir na entrada para o 1º ciclo, com a aquisição da leitura e escrita, e com esta, as possíveis trocas de letras ou de sílabas ao escrever, a leitura muito vagarosa e com esforço, a difícil interpretação de texto e de escrita de composições, entre outras.
Perante a sinalização da criança, o Terapeuta da Fala planifica uma avaliação específica, deteta as áreas afetadas e as que se encontram mais fortes, traçando um perfil de intervenção individualizado, de modo a melhorar todas as suas capacidades e a torná-la mais autónoma e feliz possível. Esteja atento, e se tiver alguma dúvida não hesite em contatar um Terapeuta da fala. Feliz dia da criança!



 


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