ABRIL 2016
PROTEíNA ASSOCIADA A FUNçãO CARDíACA SAUDáVEL
Uma equipa internacional de investigadores identificou uma ligação forte entre uma proteína, a SIRT5, e uma função cardíaca saudável, dá conta um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
 
O coração é um músculo notável que bate, em média, mais de dois biliões de vezes ao longo da vida. Contudo, a eficácia do coração pode diminuir ao longo do tempo. Uma das razões principais para esta diminuição da função é a hipertrofia cardíaca caracterizada pelo espessamento do músculo cardíaco o que resulta na diminuição do tamanho de ambos os ventrículos. Isto faz com que o coração entre em esforço e bombeie menos sangue por ciclo, comparativamente com um coração saudável.
 
Os investigadores da Universidade de Cornell, nos EUA, em colaboração com investigadores suíços verificaram que a SIRT5 tem a capacidade de remover uma modificação proteica prejudicial, conhecida por succinilação da lisina, que impede o coração de queimar ácidos gordos eficazmente para produzir energia necessária para bombear o sangue.
 
Com base nos resultados do estudo, um dos autores, Hening Lin, sugere que a função cardíaca poderá ser melhorada através do aumento da atividade da SIRT5.
 
A SIRT5 é um de uma classe de proteínas conhecidas por sirtuínas que influenciam vários processos celulares. A maioria da investigação realizada em torno da atividade da sirtuína focou-se no fígado, por oposição ao coração, devido ao tamanho e da facilidade em obter o tecido.
 
Neste estudo, os investigadores liderados por Sushabhan Sadhukhan, testaram tecidos do coração, fígado, rim, cérebro e músculo de ratinho e verificaram que a succinilação da lisina ocorria em maior extensão no coração. O teste envolveu animais que não expressavam a SIRT5.
A remoção da SIRT5 conduziu a uma redução da atividade da ECHA, uma proteína envolvida na oxidação dos ácidos gordos, e diminuição dos níveis de adenosina trifosfato (ATP), que armazena e transfere energia dentro das células.
O efeito da remoção da SIRT5 na remoção da função cardíaca foi ainda mais pronunciado à medida que os ratinhos envelheciam. Às oito semanas de idade verificou-se, através da realização de uma ecocardiografia, que os animais já apresentavam uma função cardíaca reduzida. Às 39 semanas, os animais apresentavam todos os sinais de hipertrofia cardíaca, aumento do peso do coração e da massa ventricular esquerda, bem como reduções nas frações de encurtamento e de ejeção.
 
Estes resultados podem conduzir a novos métodos para preservação da saúde cardíaca e extensão da via saudável, que pode ter implicações significativas na saúde humana.
 

FONTE: ALERT Life Sciences Computing, S.A. - Estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”

 

 


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