FEVEREIRO 2016
NEUROCIêNCIA E HIPNOTERAPIA CLíNICA E COGNITIVA
Dr. Énio Gomes
Hipnoterapêuta Clínico – 1751; M.B.A.; Ph.D.
Connecting Research and Researchers
argenlab_coimbra@hotmail.com
 
A neurociência cognitiva é uma área académica que se ocupa do estudo científico dos mecanismos biológicos subjacentes à cognição, com foco específico nos substratos neurais dos processos mentais e suas manifestações comportamentais. Questiona-se sobre como as funções psicológicas e cognitivas são produzidas no circuito neural. A neurociência cognitiva é um ramo tanto da psicologia quanto da neurociência, unificando e interconectando-se com várias outras subdisciplinas, tais como a psicologia cognitiva, psicobiologia e neurobiologia. Antes do desenvolvimento de tecnologias como a ressonância magnética funcional, essa área da ciência era chamada de psicobiologia cognitiva. Os cientistas que se dedicam a essa área normalmente possuem estudos baseados na psicologia experimental ou neurobiologia, porém podem vir de várias disciplinas, tais como a psiquiatria, neurologia, física, matemática, linguística e filosofia. Os métodos empregados na neurociência cognitiva incluem paradigmas experimentais de psicofísica e da psicologia cognitiva, neuroimagem funcional, genómica cognitiva, genética comportamental, assim também como estudos eletrofisiológicos de sistemas neurais. Estudos clínicos de psicopatologia em pacientes com déficit cognitivo, constitui um aspeto importante da neurociência cognitiva. As primeiras raízes da neurociência cognitiva estão na frenologia, a qual é uma teoria pseudocientífica que sustenta que a conduta pode estar determinada pela forma do couro cabeludo. Em meados do século XIX, Franz Joseph Gall e J. G. Spurzheim seguraram que o cérebro humano estava secionado em aproximadamente 35 diferentes regiões. Em seu livro, “A Anatomia e a Fisiologia do Sistema Nervoso em Geral, e do Cérebro em Particular”, Gall postulou que um bulbo maior em uma de essas áreas significava que essa parte do cérebro estava a ser usado mais frequentemente por essa pessoa. Essa teoria ganhou atenção pública significativa, levando a publicação de diários de frenologia e a criação de frenómetros, instrumentos que medem os solavancos das cabeças das pessoas. Ele propôs a teoria de que o cérebro é um campo agregado, o que significa que diferentes áreas do cérebro participaram de comportamento. Pierre Flourens, um psicólogo experimental francês foi um dos muitos cientistas que desafiou a opinião do frenologistas. Através de seu estudo de coelhos e de pombas, descobriu que lesões em áreas específicas do cérebro não produziam mudanças visíveis no comportamento. Ele sugeriu que o cérebro é um campo agregado, o que significa que diferentes áreas cerebrais participam de tal comportamento. Estudos realizados por cientistas europeus, como John Hughlings Jackson, afirmaram que a visão locacionalista ou seccionalista do cérebro ressurgia como a principal maneira de entender o comportamento. Jackson estudou pacientes com danos. 
O que é a Hipnoterapia Cognitiva? 
A Hipnoterapia Cognitiva é um processo terapêutico pelo qual o profissional utiliza-se da Hipnose Clínica (Hipnose Clássica) como ferramenta na Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. A intervenção comportamental objetiva aliviar o paciente do sofrimento através de técnicas de relaxamento e respiração inerentes às técnicas de indução. A intervenção cognitiva visa, pelo menos, colocar em dúvida crenças limitantes. A Hipnoterapia Cognitiva apresenta ótimos resultados no esbatimento de sintomas da ansiedade, na ressignificação de memórias, no tratamento da depressão e no tratamento de fobias. Muito se tem prejudicado a imagem desta técnica terapêutica através da média ou de profissionais não habilitados. A Hipnose Clínica é um processo totalmente consciente, no qual o paciente atinge estado de relaxamento profundo e extremamente prazeroso e, através de processo de Hipermnésia, o acesso às memórias de difícil acesso pela consciência é facilitado. As respostas de relaxamento e de ansiedade são incompatíveis; portanto, a intervenção promove o pareamento necessário para a nova aprendizagem. O campo de atuação estende-se no manejo da dor, da insónia, do stresse, da onicofagia (roer unhas), de zumbido intermitente, da fibrobialgia, das disfunções sexuais de fundo emocional, dos tiques, da compulsão alimentar específica, da enurese noturna (urinar na cama), do medo de elevador, do medo de dirigir, do medo de voar de avião, do medo de altura, entre outros. Todas as pessoas podem ser suscetíveis ao processo e para isto é fundamental que haja permissividade do paciente e confiança no terapeuta. É importante saber que, em estado hipnótico, o paciente tem controle e discernimento sobre seus atos.

“A Hipnoterapia Cognitiva apresenta ótimos resultados no esbatimento de sintomas da ansiedade, na ressignificação de memórias, no tratamento da depressão e no tratamento de fobias. Muito se tem prejudicado a imagem desta técnica terapêutica através da média ou de profissionais não habilitados”.



 


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