OUTUBRO 2015
ACNE
Mais Clinic
geral@maisclinic.com

A acne é uma doença comum não só no período da adolescência (acne juvenil) mas também na idade adulta, altura em que é cada vez mais frequente sobretudo no sexo feminino. É uma doença que ocasiona grande impacto psicológico condicionando por vezes a interacção social. Pode também deixar cicatrizes que permanecem ao longo da vida e são estigmatizantes. O tratamento precoce é fundamental para prevenir a evolução para formas mais graves e consequente aparecimento de cicatrizes. O Dermatologista é o profissional de saúde mais habilitado para tratar não só a acne nas suas diversas formas e gravidades como também as cicatrizes dela resultantes.
Existem três tipos principais de acne: a acne retencional com predomínio de “pontos negros” e “pontos brancos” (comedões abertos e fechados); a acne papulopustulosa com predomínio de “borbulhas vermelhas” e “espinhas” (pápulas e pústulas) e acne noduloquistica, com lesões de maior dimensão, por vezes com conteúdo liquido e com mais tendência para originar cicatrizes permanentes. 
Dentro de cada tipo de acne existem gravidades diferentes e, portanto, é fundamental a individualização do plano de tratamento para cada doente. Ao contrário do que é muitas vezes solicitado na consulta, não existe um tratamento universal para a acne igual para todas as pessoas. Por outro lado, o tratamento tem de ser ajustado ao longo do tempo uma vez que as manifestações vão variando e, após um período inicial de estabilização, é fundamental que se faça um tratamento de manutenção. A ausência de ajustes e de tratamento de manutenção é o motivo pelo qual muitas vezes os tratamentos falham. O acompanhamento de todo este processo pelo dermatologista é fundamental.
O tratamento da acne envolve vários tipos de medicamentos. A nível tópico (medicamentos locais), os medicamentos mais utilizados e que devem constituir sempre a base do plano terapêutico são os retinóides, dos quais o mais usado é o adapaleno. São também importantes o peróxido de benzoílo (substância importante na redução das resistências bacterianas), os antibióticos locais (como a clindamicina e a eritromicina), o ácido azelaico e o ácido salicílico, entre outros. O tratamento local induz muitas vezes um efeito irritativo com aparecimento de vermelhidão e descamação da pele, sobretudo no início do tratamento, existindo várias estratégias para minimizar esta irritação nomeadamente o aumento progressivo da frequência de utilização e o uso concomitante de cosméticos compensadores. A utilização de cosméticos adequados não só para a higiene mas também como complemento do tratamento é habitual na maioria das situações.

A nível de medicação sistémica (medicamentos orais), os mais utlizados são os antibióticos (como a doxiciclina e a minociclina), a isotretinoína e, por vezes no sexo feminino, os contraceptivos orais. A isotretinoína é de longe o medicamento mais eficaz mas está reservado para as formas mais graves ou aquelas que não responderam aos outros tratamentos, em virtude de ter efeitos secundários importantes. Para monitorização desses efeitos, é fundamental o controlo com análises quer no início quer durante o tratamento e, no sexo feminino, o uso concomitante de contraceptivo oral, uma vez que este medicamento pode ocasionar malformações fetais.
O tratamento das cicatrizes pode ser efectuado com cosméticos que melhoram o seu aspeto, com aplicação de ácidos específicos (peelings) e com lasers de resurfacing nomeadamente o laser de Erbio (disponível na Maisclinic) ou o laser de CO2. Os tratamentos com laser são tratamentos agressivos condicionando alguns dias de restrição na actividade social e algumas semanas de restrição na exposição solar mas são de longe os tratamentos que conseguem melhorar de forma significativa o aspecto das cicatrizes.  


 


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