SETEMBRO 2015
FOBIA, MEDO E STRESS – AO DENTISTA
Dr. Nuno Coelho
Dentista
nmmcoelho@gmail.com

O medo e a fobia de ir ao Dentista é um estado relativamente frequente.
Seja relacionada com o desconforto sentido durante o tratamento, o cheiro do consultório ou mesmo o ruído produzido pelos instrumentos utilizados, a fobia relacionada com os tratamentos dentários acarreta em muitos casos um perigo para a saúde oral do paciente e deverá ser visto como um problema de Saúde Pública uma vez que os cuidados prestados a estes pacientes ficam muito aquém do necessário.
Alguns estudos, afirmam que cerca de 80% dos adultos sentem aguma apreensão relativamente aos tratamentos dentários, cerca de 25% dos pacientes apresentam algum grau de ansiedade e que 6% evitam qualquer tipo de contacto com o Médico Dentista recorrendo apenas após o aparecimento de sintomas, sendo esta condição mais frequente no sexo feminino. Consegue-se também relacionar o grau de ansiedade com o índice de qualidade de vida do induvíduo – sendo esta inversamente proporcional. 
Podemos considerar esta ansiedade como um medo patológico, ao contário de alguns estados normais de ansiedade que funcionam como mecanismos de sobrevivência e que são adaptativos ao ambiente, esta fobia é na maioria das vezes fonte de sofrimento subjectivo. 
A proximidade do consultório, a aproximação da hora da consulta e em alguns casos o actoda marcação da consulta, é capaz de despertar sintomas de ansiedade como tremores, hipersudorese (suores), tonturas, náuseas e mesmo palpitações. Facilmente se percebe, perante este quadro sintomático o aumento das desmarcações e faltas injustificadas às consultas não recebendo os cuidados dentários mais adequados.
Na base do medo e da fobia, estão principalmente eventos traumáticos e dolorosos – sejam estes inflingidos pelo tratamento ou muitas vezes já como uma condição previamente instalada - assim como o comportamento negativo do profissional de saúde em termos de comunicação. Há ainda quem afirme que, uma atitude negativa e ansiedade relativamente aos cuidados dentários são muitas vezes transmitidos à criança por outros indivíduos ao seu redor, principalmente pelos pais.
É muito importante para o médico dentista reconhecer estes problemas sendo capaz de ajudar a parte dos pacientes que, apesar de não pertencerem à fatia mais problemática, comparecem às consultas de medicina dentária a reduzir os níveis de ansiedade. 

Associado aos problemas de ansiedade cada ve z mais frequentes, aparecem também outros problemas a nível da saúde oral relacionados com este estado de stress. Periodontite, herpes, aftas, bruxismo e halitose são as condições mais frequentemente associadas ao stress. 
A níveis fisiológicos, um indivíduo sujeitos a situações de stress liberta maiores concentrações de hormonas como o cortisol e a hidrocortisona – substâncias estas que têm como função a regulação de algumas funções corporais como o sistema imunitário. Associado ao stress, aparecem também hábitos menos saudáveis como o tabagismo, alcoolismo e a negligência relativamente à higiene oral – resultando em doença periodontal, cáries e mau hálito.

Uma outra patologia muito frequente, e que é muitas vezes mal diagnosticada é o bruxismo – conhecido como o ranger dos dentes – patologia esta que causa desgaste dos dentes, disturbios da articulação temporo-mandibular e cefaleias frequentes. Esta condição é vista como uma forma de libertar, através da acção muscular exagerada, o stress acumulado pelo doente.
Actualmente,existem vários métodos para combater a ansiedade durante a consulta e muitas mudanças ocorreram nos últimos 10 anos a nível da prestação dos cuidados de saúde oral. Escolha um Médico Dentista com o qual se sinta confortável, que seja profissional e atencioso. Não deixe que o medo se reflita na sua saúde oral, procure ajuda.


 


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