Francisco George falava aos jornalistas no final da apresentação do relatório “A Saúde dos Portugueses. Perspetiva 2015”, o qual traça o perfil da saúde dos portugueses. O documento concluiu que os indicadores melhoraram na última década, mas não teve em conta os efeitos da crise social e económica, "que se agravou no contexto do programa de ajustamento". Ainda assim, os autores referem que “os determinantes sociais constituem a principal abordagem de análise de saúde das populações”. “Pesquisas demonstraram a existência de um gradiente social em função dos rendimentos familiares, isto é, relacionado com desigualdades e iniquidades, em particular com as diferenças ocorridas entre comunidades prósperas e pobres no que se refere, por exemplo, à esperança de vida e outros indicadores”. De acordo com o documento, a autoapreciação do estado de saúde diminui à medida que o estado dos inquiridos avança: empregado (61,4%), desempregados (52,5%), inativos (49%) e reformados (12,8%). Sobretudo nos mais jovens Aos jornalistas, Francisco George disse que os rendimentos influenciam sobretudo nas idades mais jovens, adultos e em idade de trabalhar. “Os rendimentos, tal como o nível de instrução, influenciam no sentido da qualidade e esperança de vida”, disse, concluindo: “Ninguém vai dizer que o pobre vive na mesma forma que uma família abastada”. FONTE: SAPOLIFESTYLE |