JANEIRO 2015
“ENQUANTO TE PREOCUPAS, DEIXAS QUE A FELICIDADE PASSE AO LADO”
Dr. Énio Gomes
Psicólogo M.B.A., Investigador em Neurociências (Hipnoterapia Clínica e Cognitiva), E.U.A Ph.D. (Genética Molecular oncológica) U.K.
argenlab_coimbra@hotmail.com
 
No início de qualquer ano novo, as pessoas têm tendência a encherem-se de confiança e em esperar uma melhoria nas suas vidas. Este é um pensamento correto?
A meu ver,  é o melhor pensamento a ter. Contudo, a vida ensina-nos a estar preparados para todas as “intempéries” que possam estar para chegar.
É óbvio, que a quadra Natalícia é um sempre um adento de uma nova esperança. Uma nova lufada de ar fresco (mesmo que não o seja) para as nossas mentes. Somos acima de tudo, um ser cheio de crenças cujo o objetivo final, é melhorar sempre a nossa qualidade de vida. Os mais desprotegidos até chegam a “contentarem-se” com o pouco que tem. Na realidade, como é hábito, os meus pacientes comentam, “Se não for pior,  já não é mau”. Ora bem, como profissional da área, a minha obrigação, não é induzir os pacientes ao conformismo, mas sim ter sempre algo em que possam ter mais alguma esperança, melhoria de um planeamento mais correto para que não venham a ter nenhuma surpresa desagradável.
 
Na sua opinião e experiência, as pessoas devem ser mais contidas em relação a expectativas de ano novo?
A palavra “contida” pode ter vários significados, inclusive do ponto psico-neurociêntifico.
Do ponto de vista económico, julgo que dada a conjetura atual, esta é a que pesa mais nos nossos cidadãos, deveríamos diminuir a forma consumista que se está a instalar no nosso meio. A título de exemplo: Vou a uma grande superfície, e, deparo-me com pessoas que transportam nos carros cestos cheios de comida repetida (vários tipos de cereais, por exemplo). A carne e o peixe, similar porque na realidade até tem um desconto especial, naquele tipo de alimento. Ora bem, se perguntar-me ou perguntar a um nutricionista ou dietista, eu e ele(s) dizemos que esta não é uma alimentação saudável. A verdadeira alimentação saudável está em poucas quantidades, mas variadas. Nesse aspeto, acho que todos nós devemos ser contidos nos “exageros” que muitas vezes cometemos.
 
Assumir, na mudança de ano, que vamos ser mais tolerantes, compreensíveis com os próximos, deixar de fumar, é típico da mudança de ano. Pela sua experiência, estas resoluções de ano novo resultam ou não são exequíveis?
 
Pela minha experiência profissional, não precisamos da época natalícia para ser tolerantes ou compreensíveis. Todo o ser humano minimamente civilizado deve assumir em qualquer momento, até para benemérito dele e dos que o rodeiam. Quanto aos comportamentos aditivos/vícios, é necessária uma grande força de vontade e ter um bom apoio psicológico, não só do terapeuta, mas também no meio familiar.
 
Que conselho deixa aos madeirenses em geral para 2015?
Sejam felizes e que nunca se esqueçam de uma grande frase de Aleizarg: “É difícil agradar a multidão quando honestamente se cumpre o nosso dever. Isso preocupa-te?/ Não percas tempo. Enquanto te preocupas, deixas que a felicidade passe ao lado”. Votos de um próspero ano de 2015 para todos os leitores.




 


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