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A sua casca grossa esconde um oásis de água, que chega a ser superior a 90% do peso. A melancia torna-se assim, a par do melão, num dos frutos mais saborosos e refrescantes, perfeitamente adaptado às necessidades que se fazem sentir durante esta época e ideal para repor as perdas de água. Não se esqueça que uma ingestão de água inferior ao desejável compromete o trânsito intestinal, conduz ao sobreaquecimento do organismo e impede o organismo de revitalizar as suas células, mucosas e pele, mantendo assim a sua saúde e beleza naturais.

Para além de hidratar, a melancia tem um sabor adocicado, mas não se assuste pois o seu teor em açúcares é extremamente baixo. Basta dizer que 100g de melancia oferecem no máximo umas miseráveis 30 Kcal. Isto quer dizer que, comparativamente a uma das frutas mais doces como o figo, que por 100g fornece 80kcal, poderá servir-se de 250g de melancia sem se preocupar com o excesso de peso. No entanto, pela sua elevada quantidade de água deve ter cuidado com a quantidade que acompanha os pratos de modo a evitar algum tipo de indisposição provocados pela excessiva diluição dos sucos gástricos e subsequente atraso da digestão ou pela sensação de enfartamento resultante da própria água. Em contrapartida, este efeito pode ser benéfico quando usado em indivíduos com excesso de peso e com dificuldade em controlar a quantidade de alimentos servidos no prato. Ou seja, se a melancia for ingerida como “entrada” na refeição provoca uma sensação precoce de plenitude gástrica que limita em parte o apetite.

Bom e para além da reposição de água a melancia faz-se acompanhar de um naipe de minerais bem interessantes na regulação do organismo. Refiro-me especialmente ao potássio, imprescindível para o aparelho cardiovascular, não só no controlo da tensão arterial como também na regulação do ritmo cardíaco, excelente na manutenção do equilíbrio hídrico, na regulação da actividade neuromuscular (intervém na excitabilidade das células nervosas e nas contracções musculares) e ainda é responsável pelo equilíbrio osmótico (regula a passagem de fluidos e alimentos para as células).

Outra das virtudes da melancia é o seu teor em carotenóides ou pró-vitamina A e de vitamina C. Não esquecer que os alimentos ricos carotenóides, são uma excelente alternativa à vitamina A, a qual é imprescindível na renovação celular, mantém a elasticidade da pele e favorece a hidratação, fortalece as nossas defesas e protege-nos contra o inevitável envelhecimento provocado pelos raios ultravioletas.

A vitamina C, destaca-se pelo seu efeito antioxidante, a formação do colagénio (proteína com papel estruturante na pele), a cicatrização, o combate às infecções, e o retardamento do processo de envelhecimento resultante da exposição solar. Ambas as vitaminas fazem da melancia um fruto ideal para o Verão.

Em conclusão, a melancia é óptima na reposição de água no organismo ao mesmo tempo que tem um efeito diurético que permite ajudar o rim na sua tarefa de limpeza do sangue, no tratamento da obstipação (prisão de ventre), hemorróidas, hipertensão (tensão arterial elevada) e obesidade. 

“Para além de hidratar, a melancia tem um sabor adocicado, mas não se assuste pois o seu teor em açúcares é extremamente baixo. Basta dizer que 100g de melancia oferecem no máximo umas miseráveis 30 Kcal. Isto quer dizer que, comparativamente a uma das frutas mais doces como o figo, que por 100g fornece 80kcal, poderá servir-se de 250g de melancia sem se preocupar com o excesso de peso”.