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A Pitiriase Versicolor é uma infecção causada por um fungo (Malassezia furfur) que vive habitualmente na pele humana mas em quantidade muito reduzida. Em certas condições, nomeadamente excesso de transpiração, pele oleosa, factores genéticos, ambientes quentes e húmidos, entre outros, pode haver proliferação deste fungo. Surgem, então, manchas arredondadas, sobretudo no tronco, que podem ser acastanhadas, rosadas ou esbranquiçadas e podem ter uma leve descamação. É mais frequentemente notada no Verão devido à diferença de coloração entre a pele normal e pele afectada.

O Molusco Contagioso é uma doença provocada por um vírus que é mais frequente em crianças. Caracteriza-se pele presença de pápulas (“borbulhas”), com uma depressão central e conteúdo esbranquiçado. Podem ocorrer em qualquer parte do corpo e a sua transmissão ocorre habitualmente por contacto directo mas também pode ocorrer através da partilha de objectos nomeadamente os usados nas piscinas. Nas piscinas, o facto de as crianças estarem despidas e partilharem objectos pode facilitar a transmissão mas esta pode ocorrer em qualquer ambiente.

Em ambientes quentes e húmidos, pode surgir uma doença chamada Miliaria que resulta da retenção de suor dentro das glândulas sudoríparas (as glândulas que produzem o suor). O tipo mais comum é a Miliária Cristalina que é frequente em crianças pequenas em ambientes quentes e húmidos e caracteriza-se pela presença de pequenas vesículas (“bolhinhas”) com cerca de 1 mm contendo líquido transparente.

Já a Miliaria Rubra é mais frequente em adultos e caracteriza-se pela presença de pápulas avermelhadas que dão comichão e aparecem sobretudo nas costas.

A Hiperhidrose é outra doença que em que há excesso de sudação mas de uma forma mais permanente e não apenas associado ao tempo quente. Pode afectar várias zonas do corpo mas as mais usuais são as axilas, as palmas e plantas.

O cancro da pele está associado a vários factores nomeadamente genéticos e ambientais. Dentro dos ambientais, o mais importante é a radiação ultravioleta. O efeito que esta radiação produz na pele não é, contudo, imediato manifestando-se habitualmente anos mais tarde. O Melanoma que é o cancro de pele mais agressivo relaciona-se com exposições solares intensas e de curta duração (os vulgares “escaldões”) sobretudo os ocorridos na infância e adolescência, enquanto que outros tipo de cancro, nomeadamente o Carcinoma Espinocelular se relacionam com exposições repetidas ao longo de anos (como no caso das pessoas que trabalham ao ar livre). 

Desta forma, o cancro da pele aparece em qualquer altura do ano. No entanto, no verão como a roupa utilizada é mais leve, as lesões tornam-se mais notadas quer pelo próprio quer pelos seus familiares ou amigos.

A radiação ultravioleta pode estar associada a várias doenças expontâneas. A Erupção Polimorfa à Luz é uma doença em que surgem lesões pruriginosas na pele algumas horas após a exposição solar e são mais frequentes nas primeiras exposições do ano diminuindo á medida que o Verão progride. Nos verões seguintes podem voltar a reaparecer. 

A conjugação da ingestão ou aplicação na pele de determinados fármacos e exposição solar pode resultar no aparecimento de reacções de Fotossensibilidade. Estas são de dois tipos: 1) reacções Fototóxicas em que a pele fica com o aspecto de uma queimadura solar (medicamentos que provocam estes tipo de reacção são os Anti-inflamatórios e certos antibióticos) e 2) reacções de Fotossensibilidade em que surgem lesões com aspecto de Eczema (pele avermelhada, descamativa e com comichão) e podem ser provocadas pela ingestão de certos medicamentos ou aplicação na pele de certas substâncias como perfumes e agentes antibacterianos. 

Por último, existem doenças que podem ser agravadas pela exposição solar e quem as tem deve precaver-se nesta altura do ano. As mais relevantes são o Lupus Eritematoso Sistémico, a Rosácea, a Dermatite Seborreica e a Dermatomiosite.  

Penso que sim, mas convém relembrar alguns cuidados básicos. Escolha horas mais seguras para a exposição solar de preferência antes das 11h e depois das 17h. Faça exposições inicialmente mais curtas e aumentando progressivamente o tempo de exposição. Utilize protector solar adequado ao seu tipo de pele e com factor não inferior a 30. Aplique o protector cerca de 30 minutos antes da exposição solar e renove com frequência sobretudo após contacto com a água ou toalha. Utilize vestuário de protecção, nomeadamente chapéu, óculos e T-shirt para a prática de actividades ao ar livre nomeadamente desportivas. A utilização do protector deve ser reservada para as áreas não cobertas pelo vestuário e para as actividades em que o vestuário é forçosamente mais reduzido como os banhos. Nunca utilize o protector solar para prolongar indevidamente o tempo de exposição. A pele das crianças é muito sensível pelo que são necessários atenção e cuidados redobrados.  

Seguindo estes cuidados, poderá desfrutar do Verão de forma mais segura! 

“Por último, existem doenças que podem ser agravadas pela exposição solar e quem as tem deve precaver-se nesta altura do ano. As mais relevantes são o Lupus Eritematoso Sistémico, a Rosácea, a Dermatite Seborreica e a Dermatomiosite”. 

“Aplique o protector cerca de 30 minutos antes da exposição solar e renove com frequência sobretudo após contacto com a água ou toalha. Utilize vestuário de protecção, nomeadamente chapéu, óculos e T-shirt para a prática de actividades ao ar livre nomeadamente desportivas”.