JUNHO 2014
MúSICA é SAúDE
Dra. Cláudia Sá
Professora do Conservatório – Escola das Artes da Madeira
sandraviolino@gmail.com

A música pode ser utilizada para os mais diversos fins. Está mais presente no nosso quotidiano do que possamos dar conta. Ouvimos música no carro, no centro comercial, no café com os amigos, no treino, nos concertos… a maior parte das vezes absorvemos estes sons e nem nos apercebemos que eles lá estão. Na verdade, a música permite-nos experienciar muitos estados de espírito (alegria, tristeza, recordação, nostalgia), porque ao despertarmos o nosso ouvido estamos a permitir estímulos rítmicos, melódicos, harmónicos... Estes estímulos despertam o nosso cognitivo e podem ajudar a melhorar: a concentração, memória, criatividade, capacidade de análise, organização, pensamento, reflexão… Com certeza muitos de nós já ouvimos alguém dizer que trabalha muito melhor quando ouve música, ou que gosta de estudar ao som de determinada música. Tal acontece porque, o nosso ouvido ao ouvir determinados sons manifesta-se e tem uma determinada reação. Somos todos diferentes e por isso a reação não será a mesma, a maior parte das vezes está relacionada com a música que ouvimos em criança ou adolescentes altura em que estamos mais predispostos a absorver informação.
A experiência musical é única mas pode ser individual ou coletiva e envolve o corpo, a mente e o espírito. Nestas perspetivas, social e individual, podemos dizer que a música favorece a interação social, permite expressar emoções, provoca modificações em estados de ansiedade e stresse, proporciona alterações emocionais, facilita a comunicação, coesão de grupo, contribui para o desenvolvimento de habilidades, etc. Daí ser possível afirmar que a música tem um “potencial terapêutico”.
Assim sendo, é cada vez mais frequente ouvir falar da música como uma terapia, no auxílio ao tratamento de várias patologias. A música por si só não é uma terapia, mas pode funcionar como intermediária quando utilizada através de uma metodologia adequada em processo terapêutico. Neste processo executado por pessoas especializadas (músicos, médicos, psicólogos) são despertos diferentes métodos de perceção musical que envolvem experiências: sensoriais, motoras, emocionais, cognitivas, sociais e são estas que conduzem o tratamento. Este, não é imediato mas sim gradual, resultante de uma sequência sistemática de intervenções. Esta terapia atua sobretudo no desenvolvimento da autoestima, confiança, no despertar de sentimentos de auto realização e como facilitadora da comunicação. É bastante utilizada em crianças com hiperatividade, síndrome de asperger, espectro de autismo, idosos, etc.
Depois destas afirmações julgo ser útil fazer perceber que a música deve ser ouvida deste o seio materno, não sendo restrita apenas a um estilo musical. Viver a música só pode fazer bem! Devemos procurar ouvir música de qualidade e com a predisposição de ouvir mesmo aquela com que menos nos identificamos. Quando somos pequenos ensinam-nos a gostar de todos os legumes, aprendemos através da experiência, e só a esta nos permite perceber quais os que mais apreciamos.Com a música passa-se o mesmo, se ouvirmos aprendemos a gostar e se gostamos sentimo-nos bem, logo sinal de saúde!

DESTAQUE
“Nestas perspetivas, social e individual, podemos dizer que a música favorece a interação social, permite expressar emoções, provoca modificações em estados de ansiedade e stresse, proporciona alterações emocionais, facilita a comunicação, coesão de grupo, contribui para o desenvolvimento de habilidades, etc.”







 


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