Uma equipa de investigadores espanhóis descobriu um tratamento precoce para o mieloma de alto risco assintomático, que origina um cancro designado mieloma múltiplo ou sintomático, de acordo com um estudo publicado no “The New England Journal of Medicine”. Os investigadores, liderados por Jesus San Miguel e Maria Victoria Mateos, do Serviço de Hematologia do Hospital Universitário de Salamanca, sublinharam que ficou demonstrado que o tratamento precoce adia o aparecimento dos sintomas da doença. O mieloma sintomático deve-se a uma transformação das células plasmáticas, presentes na medula óssea e que são responsáveis pela produção de uma proteína designada monoclonal. No estado anterior da doença, assintomático, a mesma pode ser identificada pela proliferação de células plasmáticas anormais e do componente monoclonal. Até agora, a doença era tratada apenas quando se tornava sintomática. No estudo clínico, o risco de progressão do mieloma para sintomático foi 5,6 vezes mais baixo nos pacientes que receberam terapia e cinco anos após o diagnóstico, a taxa de sobrevivência desses doentes fixou-se nos 94%, face a 78% nos doentes que só foram tratados após a aparição dos sintomas do tumor. |
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