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Hipersensibilidade dentinária, também conhecida pelo nome popular de sensibilidade nos dentes, resulta da sensibilidade da dentina ou da raiz. Se o calor, frio, açúcar, alimentos ou bebidas muito ácidas, ou respirar ar muito frio, tornam os seus dentes doloridos, estaremos então perante um quadro clínico de sensibilidade dentinária.

A sensibilidade dentária é a dor causada por desgaste da superfície do dente. A causa mais comum desta sensibilidade na pessoa adulta, é a exposição da raiz dos dentes na área cervical, ou colo, devido à retração gengival. Como a raiz não está coberta pelo esmalte, milhares de canalículos que vão do centro do dente e levam o feixe nervoso da polpa até a superfície, ficam expostos e acusam a dor. Quando o calor, frio ou pressão afetam esses canalículos, sente-se dor.

A hipersensibilidade dentinária em geral, é causada por áreas da dentina ou da raiz expostas devido à retração gengival ou doenças periodontais. A retração da gengiva é muito comum. Cerca de quatro quintos da população, apresentam retração gengival aos 65 anos de idade. Movimentos ortodônticos excessivos, podem causar retração gengival.

A raiz exposta de um dente, não possui a camada de esmalte, como a coroa. As raízes possuem uma capa ténue, chamada “cemento” que, quando perdida, deixa a dentina descoberta. A escovagem excessiva ou o uso de pasta dentária muito abrasiva, também podem danificar o esmalte dos dentes e expor a dentina. Uma dieta muito ácida – como por exemplo, uma dieta com muitas frutas cítricas, picles ou refrigerantes – pode provocar erosão e dissolver a superfície do dente. Patologias como a bulimia e refluxo gastroesofágico, também podem causar erosão dentária e sensibilidade, devido à acidez na boca.

A dentina contém milhares de minúsculos canais, visíveis apenas através de um microscópio. Esses canais partem da superfície, atravessam a dentina e vão até o nervo no centro do dente -  a polpa. Os canais contêm um fluido e, após a ingestão de algo quente ou frio, o fluido desses canais movimenta-se, irritando os nervos do dente, causando dor.

É possível reduzir o risco da hipersensibilidade dentinária, mantendo a boca o mais saudável possível. Uma boa higiene oral irá prevenir a retração da gengiva e doenças periodontais. A escovagem correta, o uso de fio dentário (sempre recomendado pelo médico dentista), e o uso de uma pasta dentífrica pouco abrasiva, podem reduzir o risco da hipersensibilidade dentinária. Uma dieta pouco ácida, também evita a hipersensibilidade.

A primeira coisa a fazer, é consultar o seu médico dentista. Este irá auxilia-lo na escolha do melhor tratamento. Também é importante conversar com o clínico, se o problema não for hipersensibilidade da dentina (raiz) e o dente apresentar sensibilidade, devido a um problema mais grave.

Para tratar a hipersensibilidade dentinária, o médico dentista pode recomendar o uso de uma pasta dentária pouco abrasiva (especialmente criada para dentes sensíveis), ou um dentífrico dessensibilizante. Esse tipo de pasta dentária, torna os dentes menos sensíveis, se for usado duas vezes ao dia, e contiver flúor para ajudar a proteger os dentes contra a cárie. Alternativamente, o médico dentista pode prescrever um gel que contenha flúor, um anti-séptico com flúor, ou um dentífrico com alto teor de flúor, especialmente formulado para tornar os dentes menos sensíveis e proporcionar proteção extra, contra a cárie. Esses tratamentos são feitos em casa, durante a escovagem, e não são caros. Existem outros tratamentos para a hipersensibilidade dentinária, que o dentista pode fazer no consultório. Entre eles, estão as aplicações, como, por exemplo, de pasta dessensibilizante, verniz de flúor e resinas plásticas, além de lasers e restaurações, caso uma grande parte do dente tenha sido perdida.

Ignorar os dentes sensíveis pode levar a outros problemas de saúde bucal. Especialmente, se a dor fizer com que não escove bem os seus dentes, tornando-os vulneráveis às cáries e doenças gengivais. Os tratamentos para a sensibilidade são prolongados, e duram entre três a seis meses. É incorreto o abandono do tratamento logo que desaparecem os sintomas. Qualquer dúvida, consulte sempre o seu médico dentista.