NOVEMBRO 2009
SAúDE DOS ANIMAIS DE COMPANHIA: VACINAçãO E DESPARASITAçãO

Dr. Paulo Araújo – Médico Veterinário *
 
O Outono é a estação do ano com condições mais propícias ao aparecimento das doenças infecto-contagiosas que mais frequentemente afectam os canídeos e felídeos, pelo que devemos prestar uma especial atenção à vacinação e desparasitação interna dos cachorros e gatinhos.
 
A desparasitação interna é de grande importância por duas razões: primeiro porque alguns destes parasitas podem ser transmitidos ao Homem (zoonoses) e segundo porque podem provocar graves problemas de desenvolvimento aos animais e inclusivamente a sua morte (quando estamos em presença de infestações maciças).
 
A infestação dos cachorros e gatinhos pode ocorrer por via transplacentária, razão pela qual é importante iniciar a desparasitação o mais precocemente possível e realizar também a desparasitação dos progenitores antes do início da gestação.
 
A desparasitação interna deve ser iniciada às quatro semanas de idade e deve ser repetida quinzenalmente até às 12 semanas, período após o qual deve ser realizada três a quatro vezes por ano, consoante os hábitos e habitat em que os animais estão inseridos.
 
O medicamento a utilizar deve ser recomendado por um profissional habilitado que terá em consideração o peso e idade do animal. A desparasitação deve ser eficaz contra ascarídeos (vermes redondos ou lombrigas) e cestodes (vermes chatos ou ténias).
 
Nas primeiras semanas de vida, a protecção dos cachorros e gatinhos é efectuada pelos anticorpos maternos que são veiculados pelo colostro (o primeiro leite após o parto). Estes anticorpos começam a desaparecer por volta das cinco semanas de idade, pelo que, e tendo em conta também a imaturidade do sistema imunitário, os animais estão particularmente vulneráveis a contraírem viroses, sendo a vacinação precoce dos mesmos muito importante para a sua protecção.
 
A primo-vacinação dos cachorros deve ser realizada às seis semanas de idade e depois devem ser efectuados reforços às oito e 12 semanas. Só duas semanas após este último reforço é que o animal poderá frequentar locais públicos e tomar banho, pois só nessa altura terá um título de anticorpos suficiente para lhe conferir imunidade contra as doenças víricas mais importantes. A vacinação anti-rábica deverá ser efectuada por volta das 16 semanas.
 
No caso dos gatinhos, a primo-vacinação deve ser realizada às oito semanas de vida e o reforço às 12 semanas.
 
Seguindo um protocolo vacinal correcto e uma desparasitação interna eficaz consegue-se de uma forma efectiva e, apesar de tudo, bastante mais económica, evitar toda uma panóplia de complicações inerentes às viroses e parasitoses dos canídeos e felídeos, contribuindo para o bem-estar do animal e, por inerência, dos seus proprietários.
 
O tratamento médico de um animal que contrai uma das viroses que podem ser prevenidas pelas vacinas, corresponde a pelo menos três a quatro anos de vacinações, sem uma garantia de sobrevivência ou recuperação total do animal.
 
* Vetfunchal – Centro Médico Veterinário

www.vetfunchal.pt


 


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