Dr. Cláudio Afonso Personal Trainer A obesidade é um problema de saúde pública “De acordo com a
Organização Mundial
de Saúde (OMS), em
2022, 1 em cada 8
pessoas no mundo
era obeso; a nível
mundial, desde 1990,
a obesidade no adulto
mais que duplicou, e a
obesidade adolescente
quadruplicou” Com a aproximação do verão,
surgem as tendências de emagrecimento, dietas excessivamente
restritivas, a procura de suplementos “miraculosos”, e realização de
exercícios com elevado risco de lesão. Vale “tudo” ou “quase tudo”,
para atingir o “corpo de verão”. No
entanto, a questão da obesidade, ultrapassa qualquer interesse
meramente estético, e deve ser
encarado de forma muito séria.
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), em
2022, 1 em cada 8 pessoas no
mundo era obeso; a nível mundial, desde 1990, a obesidade no
adulto mais que duplicou, e a obesidade adolescente quadruplicou;
em 2022, 43% dos adultos com
18 anos ou mais tinham excesso
de peso e 16% eram obesos, mais
de 390 milhões de crianças e adolescentes com idades entre os 5 e
19 anos tinham excesso de peso,
incluindo 160 milhões que viviam
com obesidade. Em Portugal, num
estudo levado a cabo pelo Centro
de Estudos de Medicina Baseada
na Evidência (CEMBE), Evigrade-
-IQVIA e Sociedade Portuguesa,
em 2021, 67,7% da população tem
excesso de peso ou obesidade,
sendo que a prevalência da Obesidade é de 28,7%. Como podemos constatar, pelos
dados supramencionados, a obesidade é um problema de saúde
pública sério e comum, e que está
comprovadamente associada ao
aparecimento e agravamento de
inúmeras patologias, com maior
ou menor grau de morbilidade e
mortalidade. (Maior risco de desenvolvimento de várias doenças
crónicas, incluindo a diabetes tipo II, doenças cardiovasculares,
hipertensão arterial, certos tipos de cancro, apneia do sono,
osteoartrite; também aumenta
o risco de complicações durante
a gravidez; por outro lado, tem
um impacto psicossocial, quer a
nível da autoestima, quer a nível
da discriminação e das respetivas
consequências a nível da saúde
mental). A obesidade tem também um grande impacto económico, devido aos custos associados ao tratamento e à perda de
produtividade.
O tratamento da obesidade envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir mudanças
na dieta, aumento da atividade
física, e políticas públicas que incentivam melhores escolhas alimentares. No fundo, promover
uma mudança comportamental
que possibilite melhorar a saúde
geral e o bem-estar do individuo,
através da adoção de um estilo de
vida saudável. Esta não é uma tarefa fácil, pois estamos inseridos num
ambiente obesogénico, que promove escolhas pouco saudáveis. |