Dr. João Miguel Freitas Médico Especialista em Medicina Interna A Obesidade e a procura pelo Corpo Perfeito: Um Alvo de Verão? “Como problema de saúde pública, a obesidade
aumenta significativamente o risco de várias
doenças crónicas, incluindo a diabetes mellitus
tipo 2, a hipertensão arterial, as doenças
cardiovasculares e alguns tipos de cancro” A obesidade é um dos maiores
desafios da saúde pública do século
XXI. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 650
milhões de adultos eram obesos
em 2016, configurando uma pandemia alarmante. Este aumento é
impulsionado por fatores genéticos,
ambientais e comportamentais.
A génese da obesidade reside
num desequilíbrio energético crónico, onde a ingestão calórica supera o gasto energético. Os principais
fatores são as dietas hipercalóricas, ricas em açúcares e gorduras
trans, combinadas com um estilo
de vida sedentário. Além disto, fatores psicossociais e predisposições
genéticas também desempenham
um papel crucial, tornando a obesidade numa condição complexa e
multifatorial.
Como problema de saúde pública, a obesidade aumenta significativamente o risco de várias doenças
crónicas, incluindo a diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, as
doenças cardiovasculares e alguns
tipos de cancro. O excesso de tecido adiposo leva a uma inflamação
sistémica, que é um catalisador para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e neoplásicas. A
resistência à insulina e o estado inflamatório crónico são mecanismos
centrais que conectam a obesidade
a estas patologias.
Como problema de saúde pública, a obesidade aumenta significativamente o risco de várias doenças
crónicas, incluindo a diabetes mellitus tipo 2, a hipertensão arterial, as
doenças cardiovasculares e alguns
tipos de cancro. O excesso de tecido adiposo leva a uma inflamação
sistémica, que é um catalisador para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares e neoplásicas. A
resistência à insulina e o estado inflamatório crónico são mecanismos
centrais que conectam a obesidade
a estas patologias.
A abordagem terapêutica da obesidade deve ser abrangente e integrada. É fundamental introduzir
intervenções não farmacológicas
que incluem a modificação do estilo de vida. Programas de reeducação alimentar e suporte psicológico são essenciais para ajudar as
pessoas a desenvolverem hábitos
saudáveis. Nos casos mais severos,
podem ser necessárias intervenções
médicas e cirúrgicas. No que toca
aos medicamentos para a redução
de peso e cirurgias bariátricas estes
têm demonstrado alguma eficácia,
mas devem ser considerados apenas quando as outras estratégias
falharem e sempre sob a supervisão de uma equipa multidisciplinar.
A prevenção é crucial e deve iniciar-se na infância, promovendo
hábitos saudáveis e consistentes
desde tenra idade. Em suma, não é
apenas no verão, mas sempre que
se deve fazer o combate à obesidade, para promover uma melhor
saúde para todos. |