AGOSTO 2009
ALIMENTAçãO INFANTIL: Dê O EXEMPLO AOS SEUS FILHOS

Dra. Teresa São Marcos*

Uma alimentação saudável é determinante para que o crescimento e desenvolvimento das crianças sejam equilibrados em todas as suas vertentes: física, intelectual e psicossocial.

Sabe-se que é nos primeiros anos de vida que começam a formar-se os hábitos alimentares, que posteriormente serão mais difíceis de alterar, por isso é importante que desde cedo se eduque para a alimentação saudável, pois é mais fácil ensinar às crianças bons hábitos alimentares, do que corrigir erros alimentares quando estes já estão estabelecidos há muitos anos.

No entanto, uma alimentação correcta não se ensina só do ponto de vista teórico, há que ser praticada por toda a família, ou seja, os pais devem dar o exemplo. Como explicar a uma criança que o pequeno-almoço é importante se ela não vê os seus pais a tomá-lo? Como é que uma criança pode comer legumes se os seus pais nunca os comem?

Para além dos bons exemplos à mesa, também é importante que os pais saibam agir quando um alimento não é bem aceite pela criança, sem mostrar preocupação, ansiedade ou frustração. A introdução de novos alimentos pode levar as crianças a recusar ou mostrar resistência: o “truque” é não insistir, mas também não desistir. Voltar a dar o alimento alguns dias depois, apresentando-o de forma diferente, em pequena quantidade ou acompanhado de outro alimento que a criança goste muito, de preferência no início da refeição, enquanto ela tem fome, é uma forma de tentar que a criança aceite o alimento rejeitado.

Como a partir dos 2 anos de idade a criança tem mais tendência para rejeitar alimentos que prova pela primeira vez, faça com que experimente a maior variedade de alimentos saudáveis até esta idade.

Relativamente aos alimentos menos saudáveis (bolos, refrigerantes, chocolates, bolachas com creme, batatas fritas de pacote, etc.), quanto mais tarde forem introduzidos na alimentação da criança, maior a probabilidade de não serem bem aceites. Não tenha estes alimentos em casa, pois a acessibilidade aumenta o desejo, fale com os familiares próximos (avós, tios) para que eles não os ofereçam à criança, defina as situações em que a criança pode comê-los e a quantidade limite e não dê aos alimentos menos saudáveis um valor emotivo (recompensa, castigo, consolação).

Educar não é uma tarefa fácil. No entanto, pais mais informados e sensibilizados para a alimentação saudável poderão ter mais sucesso, nunca esquecendo que são um exemplo para os filhos.
                                                                                  
* Nutricionista


 


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