“Dói-me o corpo todo” é frequentemente a principal queixa dos doentes com fibromialgia. Sendo que esta dor é descrita como uma sensação de queimadura ou mal-estar inespecífica. Existem, contudo, em todos os doentes, pontos dolorosos mais característicos, que se localizam sempre nos mesmos locais e são o sintoma mais importante para o diagnóstico da doença. São os chamados “pontos fibromiálgicos”. Outros sinais e sintomas incluem: sensação de formigueiro; inchaço nas mãos e pés; cansaço constante; perturbação no sono. Alguns doentes apresentam queixas gástricas e síndrome do cólon irritável (uma perturbação do tubo digestivo que pode originar dor abdominal, obstipação, diarreia, distensão abdominal…). Não se conhece a causa da fibromialgia, mas parece estar relacionada com uma desregulação no equilíbrio de determinadas substâncias do sistema nervoso central. Ainda assim, existem fatores que parecem contribuir para o seu desenvolvimento: doenças imunológicas, stress, traumas físicos (cirurgias…) ou emocionais (morte de ente querido…). Entre a população atingida, 80 a 90% dos casos são mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos. Contudo, muitos dos casos permanecem com diagnóstico incerto durante muito tempo. …existe cura? A fibromialgia não tem cura per si e, como tal, não existe nenhum medicamento específico para a mesma. O tratamento desta doença tem de ser adaptado a cada doente e à fase em que se encontra. Alguns medicamentos como os relaxantes musculares, os analgésicos, os anti-inflamatórios e antidepressivos podem ajudar na melhoria dos sintomas. Adicionalmente à medicação receitada pelo médico, devem ser adotadas algumas medidas que permitem o alivio dos sintomas: Pratique atividade física de forma regular, adaptada à sua condição física; Realize fisioterapia e/ou acupunctura, ou técnicas de relaxamento, como por exemplo massagens; Durma no mínimo 8-9 horas, estabelecendo uma hora para se deitar e acordar; Mantenha uma alimentação saudável (evite álcool e dietas ricas em gorduras e pobres em vegetais); Tente diminuir os níveis de stress. Devido ao desconhecimento da origem da doença, à dificuldade do seu diagnóstico e à inexistência de sinais visíveis, pode, por vezes, sentir que as suas queixas são desvalorizadas e desacreditados. Procure profissionais de saúde familiarizados com a doença, que o possam acompanhar e prestar informação, a si e aos seus familiares. A informação e apoio são fatores determinantes no combate à doença. FONTE: Farmácias Portuguesas |