ABRIL 2018
O MUNDO DOS FELINOS
Dra. Sofia Nóbrega
Médica Veterinária
csgnobrega@gmail.com

Um estudo realizado em 2013 afirma que em 35% dos lares portugueses existe pelo menos um felino. No entanto esse número tem vindo a aumentar. Há uma década a opção pela adopção de um cão era mais comum, mas a conjuntura mundial mudou e como tal temos mais pessoas a viver em apartamentos, cada vez menos tempo disponível e, por isso, um estilo de vida que se adapta mais à existência de gatos ou cães de raça pequena nos seus lares. Os felinos têm conquistado cada vez mais adeptos, essencialmente porque apresentam características que se enquadram melhor no quotidiano familiar. Conhecer os comportamentos e hábitos desta espécie é importante para o seu correcto desenvolvimento e prevenção de algumas patologias.
Os gatos são excelentes animais de companhia, apesar do seu carácter independente e curioso. Zelam muito pelo seu território e são normalmente animais tranquilos e carinhosos. Alterações dos hábitos diários ou do ambiente, a entrada de pessoas “novas” ou de outros animais na sua casa, podem provocar stress no seu amiguinho de quatro patas. Por isso as mudanças num espaço onde existem gatos devem ser feitas gradualmente, de forma a que o animal se vá adaptando à nova rotina.
Dentro da classe dos felinos, o gato doméstico é considerado o “predador” mais activo de todas as espécies. É importante que tenham um ambiente que lhes permita preservar esse instinto. Gostam por isso de se colocar em locais elevados, que lhes ofereçam um campo de visão amplo de todo o seu “território”. Adoram brincar, por isso se o seu gato viver exclusivamente no interior deverá ter à disposição arranhadores, túneis, bolinhas ou outros brinquedos adequados a ele. Também deve ter locais de descanso confortáveis mas, apesar disso, não se surpreenda se o encontrar a dormir no local mais improvável da casa. Os gatos passam cerca de 12 a 18 horas por dia a dormir, apresentando a sua maioria um pico de actividade ao anoitecer.
O ronronar é um som emitido pelos gatos quando estes se encontram num estado de calma, prazer ou satisfação, resultando dos impulsos rítmicos produzidos pela sua laringe. Podem também ronronar quando se sentem ameaçados ou em situações de dor.
Ao contrário do que se deve fazer com os cães, colocar livremente a comida à disposição do gato pode ser uma boa opção pois, normalmente, os gatos gerem melhor o alimento disponível, comendo várias vezes ao longo do dia, por isso muitas vezes são apelidados de “petiscadores”. A ração deverá ser adaptada de acordo com a etapa de vida, características e necessidades do animal. Além disso, é importante que a alimentação nunca seja colocada junto à caixa de areia e que o gato tenha sempre água fresca disponível.
 Os gatos aprendem desde bem pequeninos a utilizar a caixa de areia para efectuar as suas necessidades fisiológicas. Devem ser regularmente limpas, se possível localizadas em local calmo, sem ruídos (p. ex. máquina de lavar roupa) e em quantidade proporcional ao número de gatos existentes em casa (1 gato = 2 caixas; 2 gatos = 3 caixas).
 Ao contrário de muitos humanos, os gatos não fazem cerimónia para evidenciar o que lhes agrada ou não. Para os compreender normalmente basta alguma atenção. Porque em geral eles são criaturas tão simples que a felicidade se pode resumir numa caixa de cartão.

Os gatos são excelentes animais de companhia, apesar do seu carácter independente e curioso. Zelam muito pelo seu território e são normalmente animais tranquilos e carinhosos. Alterações dos hábitos diários ou do ambiente, a entrada de pessoas “novas” ou de outros animais na sua casa, podem provocar stress no seu amiguinho de quatro patas.


 


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