FEVEREIRO 2018
SERá QUE O MEU FILHO TEM ASPERGER?
Dra. Mara Abreu
Psicóloga Educacional
mmaraabreu@hotmail.com

Atualmente, encontrar respostas para as nossas perguntas, dúvidas e receios está à distância de um click. O senhor Google está sempre pronto para qualquer esclarecimento que, por vezes, sossega corações muito ansiosos ou por outro lado tem a capacidade de gerar o pânico. As questões relacionadas com diagnósticos em crianças e jovens não são exceção. No entanto, para se diagnosticar uma criança não basta compará-la ao protagonista de uma série, a um retrato de uma família exposto na internet ou ao vizinho do lado. Mais, é necessário compreender o impacto que as respostas que encontrarmos podem ter na família, na escola e na própria criança. Afinal de contas, um diagnóstico acertado pode mudar o rumo de uma família e um diagnóstico errado pode limitar o sucesso escolar, pessoal e social de uma criança. 
Foquemo-nos numa perturbação que está a merecer especial atenção, derivado ao mediatismo de séries televisivas como “The Good Doctor”, “A Teoria do Big Bang” e “Young Sheldon”: a Síndrome de Asperger. 
Até chegarmos a um diagnóstico é necessário dar vários passos: em primeiro lugar, se a criança ou o jovem apresenta um padrão de comportamentos que indica dificuldade ao nível do relacionamento e da comunicação com os outros, então, antes de se iniciar qualquer intervenção farmacológica, o médico de família, o professor titular de turma ou outro profissional que lida com a criança, deverá indicar aos pais o procedimento a adotar para que, seja feita uma avaliação multidisciplinar. Ou seja, para que efetivamente uma criança seja diagnostica com Síndrome de Asperger é necessário que, por exemplo, o professor da escola indique-nos qual o comportamento da criança na sala de aula e no recreio, que um psicólogo recolha informação acerca do desenvolvimento da criança bem como, das suas capacidades cognitivas e de interação social e por fim, um médico que poderá ser um pediatra ou neuropediatra que, após reunir a informação disponibilizada pelos diferentes profissionais envolvidos, fará o diagnóstico.     
De acordo com a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger – A APSA, “a Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética. Pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interação social, na comunicação e no comportamento. Embora seja uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe marcador biológico, pelo que o diagnóstico se baseia num conjunto de critérios comportamentais.” Todos estes termos podem parecer muito complexos para um pai ou uma mãe que acaba de ouvir “o seu filho tem Asperger”. Por isso, é essencial que os pais estejam rodeados por profissionais da sua confiança, que esclareçam todas as suas dúvidas de forma clara e simples e que apresentem um plano de intervenção capaz de responder às necessidades da criança e da família. Aceitar o diagnóstico é por si só, um passo desafiante para a família, mas profundamente necessário. Para tal, é essencial, que os pais ou cuidadores das crianças conheçam a perturbação e que as ajudem a desenvolver os seus pontos fortes e a contornar as suas fragilidades. 
Se acredita que o seu filho apresenta limitações ao nível da interação social seja em casa ou em qualquer contexto social e que estas estão a comprometer a sua autoestima, autoconfiança, o seu desempenho escolar e a relação com familiares e amigos, não hesite em procurar ajuda. Uma intervenção em tempo útil pode fazer toda a diferença.  

De acordo com a Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger – A APSA, “a Síndrome de Asperger é uma perturbação neurocomportamental de base genética. Pode ser definida como uma perturbação do desenvolvimento que se manifesta por alterações sobretudo na interação social, na comunicação e no comportamento.


 


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