MAIO 2017
ADOçãO RESPONSáVEL
Dra. Raquel Estudante
Veterinária na Clínica Vetmedis
raquel.estudante@gmail.com

Adotar - do latim adoptāre, escolher; tomar por filho próprio, perfilhar. 
Na sua essência, adotar significa responsabilidade, responsabilidade total por outro ser.

O processo de adoção de um animal de estimação, seja através de clínicas, associações ou mesmo acolher um animal a rua é um acto simles de amor e de altruísmo, em especial em regiões como a nossa em que o número de animais abandonados ainda é muito superior ao que desejávamos que fosse. Mas é também um acto de grande responsabilidade, ao qual deveremos dedicar um pouco do nosso tempo a analisar todas as necessidades que o novo elemento da família irá trazer consigo.
Antes de mais pergunte a si próprio se tem disponibilidade de tempo, para educar o seu novo amigo, para passear com ele, para limpar as suas traquinices e necessidades, para brincar e lhe dar carinho e atenção, para o ajudar a adaptar à nova casa, para lhe dar banho e cuidar do pêlo sempre que necessário e para levá-lo ao veterinário sempre que seja necessário.
Questione a sua disponibilidade financeira para suportar as despesas que acarreta ter um animal de estimação, com uma alimentação adequada, com os devidos cuidados de higiene, com as consultas do veterinário, sejam elas profiláticas ou para tratamento de alguma patologia, não se esqueça que ele é um ser vivo e como tal pode adoecer, nessa altura ele continua a contar consigo para o apoiar e cuidar. 
Outra questão que deve colocar é a sua disponibilidade de espaço, esta questão é muito importante na escolha da espécie, raça, sexo do animal de estimação, que necessidades apresentam as diferentes raças para que possa adaptar o espaço de modo a lhe proporcionar as melhores condições para uma vida feliz e saudável. Tenha atenção, se tem jardim, quintal ou fazenda deve estar devidamente vedado ou com uma área própria para o seu novo amiguinho, na qual deverá ter um abrigo para o proteger das alterações de temperatura assim como da chuva e do vento.
Acima de tudo deverá perguntar a si próprio se tem disponibilidade psicológica e emocional para se responsabilizar por tudo o que estivemos a falar até agora e se não desistirá do seu amigo à primeira dificuldade que encontrar, se não o abandonará, quando ele crescer, roer, ladrar, arranhar o seu sofá, roer o seu sapato preferido ou partir a jarra que era da sua avó!
Nessa altura, recorde-se de todo o retorno de carinho, amor, companheirismo e cumplicidade que o seu novo amigo lhe irá proporcionar em todos os momentos do seu dia a dia, das gargalhadas e sorrisos que lhe irá arrancar com as suas brincadeiras e traquinices, e da incondicionalidade da sua amizade. 
Se lhe proporcionar as condições para uma vida feliz e saudável ele nunca o abandonará, seja responsável e terá um melhor amigo para toda a vida. 


“Acima de tudo deverá perguntar a si próprio se tem disponibilidade psicológica e emocional para se responsabilizar por tudo o que estivemos a falar até agora e se não desistirá do seu amigo à primeira dificuldade que encontrar, se não o abandonará, quando ele crescer, roer, ladrar, arranhar o seu sofá, roer o seu sapato preferido ou partir a jarra que era da sua avó!


 


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