A Ordem dos Farmacêuticos (OF) acredita que a venda de medicamentos em unidose, na sequência de portaria do Governo publicada no Diário da República a 01 de Julho, poderá levar a uma maior burocratização do processo de venda de fármacos.
A bastonária da Ordem, Elisabete Mota Faria, disse em declarações à Agência Lusa que o documento salvaguarda “questões essenciais e que fazem parte da segurança da dispensa do medicamento, como a sua qualidade e estabilidade ou a rastreabilidade do lote”, podendo também levar a uma maior poupança.
No entanto, a mesma responsável acrescentou: “há um aspecto negativo que sobressai em tudo isto: é que vai burocratizar bastante o processo, uma vez que é muito diferente estar a ceder uma embalagem completamente feita, com tudo garantido, e estar depois a reembalar”.
Numa primeira fase, a dispensa de medicamentos em quantidade individualizada será feita apenas nas farmácias da região de Lisboa e Vale do Tejo que manifestem disponibilidade para efectuar a dispensa de medicamentos desta forma. A medida terá um carácter experimental e o seu impacto será estudado ao fim de seis meses.