AGOSTO 2016
PROTEíNA DE LEITE MATERNO REDUZ RISCO DE INFEçõES EM BEBéS PREMATUROS
Uma proteína presente no leite materno, a lactoferrina, pode ajudar a proteger bebés prematuros contra infeções potencialmente fatais, revela um estudo publicado na revista científica “Journal of Pediatrics”.
Os bebés de termo adquirem proteção natural contra infeções potencialmente perigosas através do leite materno. Contudo, muitos bebés prematuros não podem ou não conseguem ser amamentados, impedindo que a sua capacidade de combater infeções se desenvolva adequadamente devido à falta de bactérias intestinais protetoras. 
“Bebés que nascem com níveis baixos de bactérias intestinais protetoras encontram-se em maior risco de contrair infeções por vezes devastadoras e mortais”, adverte Michael Sherman, cientista da Universidade de Missouri (UM), na Columbia, EUA, em comunicado da instituição. 
De acordo com este cientista, uma das principais causas das infeções na corrente sanguínea adquiridas em contexto hospitalar nos bebés prematuros é a bactéria estafilococos. “Enquanto médicos sabemos pouco acerca de que forma a lactoferrina afeta o desenvolvimento das bactérias intestinais protetoras”, refere Sherman.
Como tal, os cientistas estudaram o sistema imunitário de 120 bebés prematuros internados na unidade de cuidados intensivos neonatais do Hospital para Crianças e Mulheres da UM e do Hospital para Crianças da Universidade da Califórnia do Sul, entre julho de 2009 e janeiro de 2012. Os bebés incluídos no estudo nasceram com um peso entre os cerca de 500 g e 1,5 kg. Metade dos bebés do estudo recebeu lactoferrina através de sonda de alimentação duas vezes por dia durante 28 dias.
De forma a compreender o papel da proteína no desenvolvimento das bactérias intestinais protetoras, os investigadores examinaram as fezes dos bebés. Dessa maneira, descobriram que os microrganismos responsáveis pela colonização da infeção estafilocócica tinham sido virtualmente eliminados nos recém-nascidos que receberam lactoferrina.
“O nosso estudo revelou que dar lactoferrina artificial a bebés prematuros com muito baixo peso à nascença pode virtualmente eliminar os microrganismos que provocam uma infeção estafilocócica conhecida como Staphylococcus epidermidis”, revelou Sherman.
Embora os autores considerem ser ainda precoce recomendar a lactoferrina como protocolo de tratamento padrão nas unidades de cuidados intensivos neonatais, consideram que mais estudos poderão elucidar ainda mais a comunidade científica acerca do papel desta proteína na prevenção de infeções. 
 
FONTE: ALERT Life Sciences Computing, S.A.


 


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