FEVEREIRO 2010
GRIPE A: O PONTO DA SITUAçãO

A Gripe A já fez mais de 100 vítimas no nosso país, mas o pior parece já ter passado, uma vez que o pico da actividade epidémica se verificou no final de Novembro. Como consequência, Portugal cancelou a reserva de 2 milhões de vacinas, correspondentes a um terço da encomenda inicial.

Portugal havia reservado inicialmente 6 milhões de vacinas, o suficiente para imunizar os 30% da população considerados mais vulneráveis à Gripe A, partindo do princípio de que seriam necessárias duas doses por pessoa.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, sublinhou que a anulação de parte da encomenda se deveu ao facto de a Organização Mundial de Saúde ter anunciado, em momento posterior à encomenda de vacinas, que uma dose seria suficiente para a protecção contra o vírus H1N1, excepto em relação a crianças até aos 10 anos de idade e em imunodeprimidos, que necessitariam de duas doses.

A campanha de vacinação iniciou-se no dia 26 de Outubro, dando prioridade aos grupos considerados de maior risco, nomeadamente às mulheres grávidas com patologia e aos profissionais essenciais, principalmente do sector da saúde.

Até ao início de Fevereiro, tinham sido vacinadas cerca de 500.000 pessoas, no universo de 800.000 vacinas distribuídas. A ministra sublinhou que uma média de sete a oito mil pessoas continuava a vacinar-se diariamente em Portugal.

De acordo com as autoridades de saúde, o cancelamento de parte da encomenda de vacinas feita inicialmente pelo Estado não implica uma alteração da estratégia delineada para lidar com a pandemia, uma vez que a vacinação “continua a ser fortemente aconselhada às grávidas, aos doentes crónicos, às crianças com idade entre seis meses e 12 anos, aos coabitantes de crianças com menos de seis meses e aos profissionais de saúde, uma vez que o vírus se tem mantido genética e antigenicamente estável e se prevê que continue a circular”.

Até ao momento, foram comunicados cerca de 195 mil casos de Gripe A, mas o número real deverá ser superior, uma vez que algumas pessoas infectadas poderão não ter comunicado a infecção e noutras a doença terá sido ligeira ou moderada, pelo que não recorreram aos serviços de saúde.

Até ao dia 4 de Fevereiro, haviam-se verificado um total de 1.189 doentes internados e 104 óbitos, dos quais 80 por cento tinham factores de risco conhecidos, nomeadamente, doença pulmonar, cardíaca e metabólica. A principal causa de morte foi a pneumonia viral primária.

Na distribuição por idades, verificou-se uma maior proporção de casos nos grupos mais jovens, com predomínio de crianças e adolescentes, padrão semelhante ao internacionalmente descrito e diferente do da gripe sazonal.


 


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