FEVEREIRO 2010
O MEU BEBé Já NASCEU! COMO DEVO ALIMENTá-LO?
Dr. Bruno Sousa – Nutricionista

O primeiro ano de vida é considerado um período “chave” para o sucesso da alimentação ao longo da vida. Desta forma, o grande objectivo da família e dos técnicos de saúde deve ser a aquisição de hábitos alimentares correctos e saudáveis.

Há que salientar que, quando nos referimos a esta fase, temos que obrigatoriamente falar do “ouro branco” que é o leite materno. Por todas as suas vantagens nutricionais, imunológicas, psicológicas e socioeconómicas, deve idealmente ser oferecido ao bebé até aos 6 meses de idade de uma forma exclusiva, isto é, sem necessidade de adicionar qualquer outro alimento. A partir desta idade, as necessidades da criança exigem que o leite materno seja complementado com outros alimentos, iniciando-se aqui a alimentação diversificada – passagem de uma alimentação exclusivamente láctea para uma alimentação semi-sólida e posteriormente sólida.

A partir desta etapa, não existem indicações rigorosas sobre a ordem de introdução dos alimentos. Esta decisão deve ser tomada em conjunto, pelos pais e pelos técnicos de saúde que acompanham o bebé.   

Assim, a primeira introdução alimentar poderá ser o puré de legumes, seguindo-se a farinha de cereais. Nesta fase, deve-se optar por uma consistência mais líquida que progressivamente será espessada, de forma a facilitar a adaptação do bebé.

Na introdução de novos alimentos, convém alertar para o intervalo de três a seis dias entre estes. Desta forma, torna-se mais fácil detectar possíveis problemas alérgicos, assim como facilitar a aprendizagem ao nível do sabor dos novos alimentos.

Depois da adaptação ao puré ou à papa, pode introduzir-se a fruta, que inicialmente deve ser esmagada ou apresentada em papa, sendo frequentemente utilizada a maçã, a pêra ou a banana. Os citrinos, o kiwi, o maracujá e os frutos silvestres não devem ser oferecidos à criança antes do nono mês de vida.

Posteriormente, introduz-se a carne, preferindo as magras, colocando-a numa primeira fase, só na cozedura do puré, e retirando-a de seguida, para habituar a criança ao seu sabor. Depois, já a podemos disponibilizar no puré, triturada, não devendo ultrapassar 25g por dia (2 - 2,5 colheres de sopa rasas).   

Por volta dos nove a 10 meses pode-se iniciar o peixe, como por exemplo: pescada, maruca, espada, cherne.

Aos nove meses, e sempre cumprindo o intervalo mínimo de introdução de alimentos, pode-se incluir a gema de ovo bem cozida, começando com ¼ desta até chegar a uma gema inteira. A clara só poderá ser introduzida depois dos 12 meses.

Após os 10 meses, poderão ser utilizadas as leguminosas, inicialmente trituradas na sopa em pequenas quantidades e depois inteiras no prato. 

Entre os oito e os 10 meses, pode ser introduzido o iogurte natural, em substituição de uma refeição de leite.

Depois de introduzidos todos estes alimentos progressivamente, por volta dos 12 meses, eis chegada a altura da criança integrar a alimentação familiar, partilhando os mesmos horários e praticamente quase todos os alimentos (saudáveis, é claro!) da restante família. Nesta altura, o início da educação alimentar está feita e deve ser continuada, de forma a optimizar todos os bons princípios alimentares apreendidos durante o primeiro ano de vida.

Fundamental é nunca introduzir o açúcar e o sal! E habituar as crianças ao sabor natural dos alimentos.

 


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